tag:blogger.com,1999:blog-19874057.post4087360242153523621..comments2023-09-26T11:26:12.784-03:00Comments on Essa Metamorfose Ambulante: Notícias de Uma Guerra Particular - DocumentárioRicardo Agostini Martinihttp://www.blogger.com/profile/14559738301528642614noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-19874057.post-83466218028022323132010-03-06T12:47:12.220-03:002010-03-06T12:47:12.220-03:00É triste... Dá vontade de chorar... ...
Chorar pe...É triste... Dá vontade de chorar... ...<br /><br />Chorar pelo sangue de um monte de crianças e jovens que morrem todos os dias nessa guerra; morrem para financiar o consumo de drogas no barraco da favela ou na mansão com 5, 6 suítes; morrem para financiar o lucro da fábrica de armas nacional ou internacional.<br /><br />A guerra tem os traficantes de um lado e a policia do outro. O soldado policial tem a missão de matar o inimigo, abater o maior número de traficantes possível em um confronto; o soldado do tráfico também tem a missão de matar e derrubar o maior número de policiais possível, pois estes são seus inimigos. A diferença está na morte daquele que vai ao chão. Um tem seu caixão coberto pela bandeira verde, o outro não. Na realidade, o outro nunca foi reconhecido como filho desta bandeira. <br /><br />Alguém pode me dizer que o soldado policial tem uma missão “nobre”, que é defender o estado. Primeiro que matar alguém nunca vai me parecer “nobre”. Depois, sé é para defender o estado, isso implica que os outros não fazem parte do estado, é excludente. E ainda, o soldado traficante também está por uma causa “nobre”, a sua causa, pois o estado tem alguém por ele, e as favelas, quem está por elas?<br /><br />O menos errado nessa história é o menino que nasceu na favela e viu o tráfico como única forma de sobreviver (paradoxalmente, pois morrer para ele é algo tão próximo quanto ver o sol raiando no outro dia). O miserável não o é por opção, ele também quer comer, vestir roupas boas, morar em uma casa sem goteiras, ele quer até mesmo tomar banho de banheira e andar de Land Houver. Mas, como já disse os Racionais, “na favela não tem empresário pra ele se espelhar”.<br /><br />Quanto a responder a pergunta “será que a sociedade brasileira realmente quer uma polícia honesta e não-violenta?” Não. Infelizmente a sociedade não quer, pois a policia é violenta só para os excluídos e a polícia honesta cobraria uma honestidade da sociedade, e cá entre nós, a honestidade, que para mim é filosofia de vida, está cada vez mais rara.<br />##<br /><br />Forte abraço Ricardo.Diego Cortehttps://www.blogger.com/profile/11305211223187849969noreply@blogger.com