domingo, novembro 05, 2006

Estude Economia e Meio Ambiente!

Atenção economistas ligados ao campo acadêmico: estude Economia e Meio Ambiente. Repito: estude Economia e Meio Ambiente. Esse vai ser a área da Ciência Econômica com maior perspectiva de sucesso em termos de pesquisas e descobertas, em um futuro próximo. Certamente teremos, nos próximos anos, um prêmio Nobel em homenagem à algum pesquisador dessa área.

Vou explicar por partes:

George W. Bush e o Partido Republicano vão perder as próximas eleições presidenciais nos EUA. Não há dúvidas. Em primeiro lugar, devido à condução da guerra no Iraque, em que as freqüentes baixas entre os soldados americanos estão aos poucos minando o apoio popular ao atual governo. Em segundo lugar, o déficit fiscal provocado pelas guerras no Iraque e no Afeganistão, assim como pela diminuição de impostos está provocando inflação na economia americana, e essa inflação vem sendo combatida via aumentos na taxa básica de juros. Ou seja, temos uma política monetária restritiva como modo de controlar os efeitos de uma política fiscal irresponsável. Como todos nós, brasileiros, temos vivido sob uma política econômica semelhante desde 1994 (início do plano Real), já temos na ponta da língua o que isso significará no curto prazo: a taxa de desemprego nos Estados Unidos vai aumentar.

Esses dois fatores (guerra indefinida e aumento do desemprego) vão ajudar os Democratas a voltar para a Casa Branca (dessa vez sem a Monica Lewinsky, espero). O programa político deles não fará uma crítica aberta à guerra no Iraque, o que seria considerado anti-patriótico para o eleitorado americano, e muito menos defenderá um aumento de impostos e corte de gastos públicos (mesmo que tais medidas sejam inevitáveis no médio prazo). O Partido Democrata explorará eleitoralmente e politicamente o fator ambiental, o furacão Katrina e seu efeito social, a rejeição pelo governo americano ao Tratado de Kioto e o simples descaso pelo mesmo com o aquecimento global. Tal política já vem sendo sinalizada pelo documentário elaborado pelo ex-candidato democrata Al Gore, sobre a problemática ecológica, o aquecimento global e a necessidade de planejamento ambiental para as decisões de política econômica.

Isso significa que, dentro de dois ou três anos, o governo americano poderá despejar BILHÕES de dólares em fomento à pesquisa e em bolsas acadêmicas (para estudantes de diversos países) voltadas ao estudo de temas em planejamento ambiental. Por isso eu repito: estude Economia e Meio Ambiente!

É hora de mandar às favas os velhos preconceitos a respeito da problemática ecológica, do tipo "Tem coisa mais importante para nos preocuparmos do que com árvores", ou "O crescimento econômico é mais importante do que preservar a natureza, por isso, políticas ambientais atrasam o desenvolvimento". Porque nós, pesquisadores, estamos próximos de ver dinheiro nascendo dessas árvores!

Por isso, nunca é demais repetir: estude Economia e Meio Ambiente!

5 comentários:

Anônimo disse...

\o/

Anônimo disse...

Ok, eu já gostava muito do assunto, pq sou uma daquelas poucas pessoas que não acha besteira essa "coisa de ecologia"...
heheheheh
putz, mas isso é um incentivo!!!! hauhauhauahuahuahau

Ricardo Agostini Martini disse...

Vamos ganhar uns $$$ com isso!

Anônimo disse...

É pra ganhar dinheiro? Ah, então fazer pesquisas não é exatamente o mais recomendável;têm tantas outras maneiras muito mais fáceis pra se fazer dinheiros.

Brasil é meio mundo ainda com tudo por fazer, pesquisar também, mas outros ramos muito mais rentáveis estão por aí dando sopa e é tão fácil perceber...

Fazer oquê? Índole de acadêmicos não é algo fácil de conter. Bons estudos em meio ambiente para os dois.

Ricardo Agostini Martini disse...

Explicando melhor, acho que dentro da área acadêmica, a área de economia e meio ambiente será a de melhor perspectiva no futuro, em termos de oportunidades (intelectuais e financeiras).

Mas é óbvio que é muito mais fácil ganhar dinheiro fora da área acadêmica, desde que não se estude economia, ou, pelo menos, não procure trabalhar no Rio Grande do Sul.