terça-feira, agosto 28, 2007

Calorão e Cupins - Fato Bizarro

Estou a exatos 7 meses e 15 dias morando em Belo Horizonte, e exatamente ontem aconteceu a situação mais bizarra que já houve comigo.

Ontem foi o dia mais quente que eu já peguei aqui. A temperatura parece que chegou aos 37 graus. Ali por 6 da tarde, eu estava na cama lendo uns artigos, quando vejo um cupim voando ao redor da luz do quarto. Tudo bem, e continuei a ler. Em seguida, olhei de novo e vi que já eram quatro cupins bem agitados. Incomodado pelo barulho, me levantei e fui matar todos. Contudo, para cada um que eu matava, pelo menos uns dois novos chegavam, e não satisfeitos com a luz do quarto, os malditos começaram a parasitar minha luminária de escrivaninha! Continuei matando sem parar, e quando eu fui procurar o lugar de onde eles vinham, vi uma grande nuvem daqueles insetos bem na minha janela, atraídos pela luz.

Saí do quarto correndo, e fui para sala. Mas também lá tinha uma nuvem de cupins na janela, atraídos pela luz. Então, eu peguei minha chave e minha carteira no meu quarto (sem ligarnovamente a luz), e corri para o supermercado comprar veneno, antes que o apartamento ficasse tomado. Então, vi a cena mais dantesca que eu vi em BH.

Por toda a rua que caminhei, em cada luz, em cada poste telefônico, haviam grandes nuvens de cupins, que ainda davam rasantes sobre as pessoas que caminhavam. No caminho até o supermercado, tive que protejer olhos e ouvidos, e manter a boca fechada, já que esses insetos simplesmente ignoram a presença de seres humanos. E o supermercado era o lugar mais tomado por cupins que eu já vi! Parecia um enxame de gafanhotos, do filme "Exorcista", e os caixas reclamavam que aquilo era motivo para fechar o supermercado!

Com o veneno em mãos, corri de volta para casa, e, para minha surpresa, quando liguei as luzes, as nuvens de insetos tinham ido embora, e não voltaram. Acabei eliminando uns poucos cupins perdidos pelo apartamento.

Ainda espero explicações científicas para tudo o que aconteceu naquela hora de ontem!

segunda-feira, agosto 27, 2007

Efêmero - O Outro Lado da Parte do Diabo

www.youtube.com/watch?v=swTIIBOsmNw (VÍDEO NO YOUTUBE)

"Você nunca sabe o quanto pode custar uma escolha errada. Eu pensei que tudo fosse ser fácil. Não tinha nada a perder. Eu não tinha nada, mesmo."

"Eu só queria pertencer a esse mundo. Ter grana, um carro legal, umas roupas bacanas. E poder trazer a Lu nesses bares aí, levar ela no cinema, essas coisas. É foda não ter nada. Eu queria ter mais..."


O realista curta-metragem "Efêmero", de Yheuriet Kalil, mostra, de uma maneira hiper-dimensionada, um dos principais problemas da pós-modernidades, relacionado com a socialização entre pessoas super-individualistas. Pode-se fzer um paralelo entre os aspectos mais filosóficos o ponto de vista social desse filme com o livro de Michel Maffesoli (A Parte do Diabo), que eu li no início desse ano, o qual procura exatamente explicar as raízes sociológicas e filosóficas sobre o comportamento dos indivíduos no mundo moderno.

O filme, resumidamente, conta a história de um sujeito simples, um entregador de pizza que, para satisfazer seus anseios materiais e sentimentais (em relação a sua namorada Lu), envolve-se com dois indivíduos para assaltar pessoas na rua. O personagem demonstra durante todo o filme que seu objetivo nos crimes é puramente material, se incomoda com o sadismo de seus companheiros, e sua consciência o atormenta até o final do enredo. Aqui, podemos explicitamente destacar a questão da dualidade entre um individualismo extremado representado pelo desprezo que os personagens tem pelas instituições sociais vigentes, em nome de seus objetivos de curto prazo (o fato de "roubar pessoas na rua para ter grana para levar a sua namorada no cinema"), com um sentimento de inferioridade social, isto é, a angústia demonstrada pela necessidade de "pertencer a esse mundo", e de ser aceito pelos outros indivíduos. Tal dualidade é a chave de toda a ação dos três personagens principais, e cada um deles apresenta um certo grau de consciência de suas ações, que afeta o seu pensar e agir, passando desde o arrependimento do personagem principal, até a psicopatia pura e fria de um dos cúmplices.

O livro de Maffesoli, por sua vez, busca explicar o comportamento individual (e suas conseqüências sociais) na pós-modernidade. Segundo o autor, atualmente os indivíduos agem e pensam de maneira cada vez mais momentânea e isolada. Isto é, o "tipo puro", em uma linguagem weberiana, do indivíduo pós-moderno, é a "criança eterna", que age pelo seu prazer pessoal no período imediato, não se preocupa com as conseqüências de suas decisões e não assume compromissos. Em suma, é um indivíduo que não distingue os princípios do "bem" e do "mal", de acordo com a tradicional moral judaico-cristã. Ou seja, o que vale para suas decisões é o seu prazer máximo, e agora. Segunso Maffesoli, tal indivíduo explica as crises das instituições sociais, a apatia política e intelectual, e o culto ao corpo e à aparência em detrimento ao do trabalho e do comprometimento.

Segundo Maffesoli, tal indivíduo representa não a desagregação da sociedade ocidental, mas uma evolução a uma nova sociedade, que, de acordo com o autor, seria mais pacífica e tolerante que a anterior, já que o "combater o mal", raiz de todas as guerras nas sociedades patriarcais, seria abolido em nome de um "conviver com o mal" moderno, pela aceitação dos diferentes (conseqüência de uma sociedade mais individualista e independente). Ou seja, o autor se mostra otimista com a nova tendência da sociabilidade no mundo ocidental.

Contudo, o filme mostra um outro lado dessa nova sociedade. As coisas não parecem andar tão harmonicamente como Maffesoli imagina. As "crianças eternas" usam a violência para alcançar seus impulsos individualistas, imediatistas e momentistas, que sempre forma associados ao conceito de "Mal" pela moral social tradicional. E, mesmo que a ciência econômica tome como dado que todo indivíduo, em qualquer lugar e em qualquer época, age de acordo com a maximização de seu bem estar esperado, é bem verdade que as pessoas agem dentro de ambientes sócio-institucionais. Isto é, cada indivíduo não é uma ilha isolada, mas suas ações tem conseqüências para seus semelhantes, e, se a sociedade aceita que o bem estar de um pode ser ampliado pelo detrimento do bem estar alheio, certamente, haverão problemas de interação entre os indivíduos.

Obviamente não se defende, aqui, que a sociedade pós-moderna deva ser substituída pela sociedade tradicional. Muito pelo contrário, qualquer um que já tenha lido Aluísio de Azevedo sabe que as instituições vigentes podem ser tão ou mais violentas contra a liberdade e a felicidade individual do que os próprios indivíduos. Além disso, o tempo não pára e não volta atrás, e a interação social responde a comportamentos individuais que variam de acordo com incentivos dinâmicos, e até mesmo, algumas vezes aleatórios. Além disso, comparar indicadores de felicidade individual em diferentes sociedadas simplesmente não faz sentido. Contudo, o filme "Efêmero" nos dá muito menos otimismo sobre a sociedade pós-moderna do que a visão de Maffesoli e alguns outros autores ultra-individualistas.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Não-Estacionariedade de Ciclos Macroeconômicos, Real Business Cycles e suas Críticas

Alguns trechos da minha resenha de Tópicos em Macroeconomia, do artigo de Nelson & Plosser sobre um teste econométrico para a análise dos ciclos macroeconômicos e a existência (ou não) de tendências de longo prazo.

A macroeconomia tradicional, em seus modelos, tende a decompor os efeitos das variáveis exógenas sobre as variáveis endógenas de acordo com a sua natureza. Considera-se que as variáveis reais , tal como o estoque de capital e de mão-de-obra disponíveis na economia e as variações tecnológicas consistem em um componente de crescimento, ao passo que as variáveis nominais , tais como a oferta de moeda, consistem em um componente de ciclo econômico. Como, de acordo com a teoria macroeconômica tradicional, o crescimento de longo prazo é inteiramente dirigido pelas variáveis reais, considera-se que os ciclos têm natureza estritamente transitória, dissipando-se ao longo do tempo.

Assim, o foco do estudo de Nelson & Plosser (1982) é exatamente a não-estacionariedade dos séries temporais econômicas. Segundo os autores, a não-estacionariedade implica que as séries tenham tendência móvel, não seguindo um valor médio de longo prazo, e podendo se afastar do seu estado inicial frente a choques de curto prazo.

Os autores apontam duas formas de não-estacionariedade das séries temporais macroeconômicas:

Em primeiro lugar, as séries de trajetória estacionária, como, por exemplo,
zt = α + βt + ct.

Tais séries podem ser expressas como uma função do tempo mais um erro aleatório de média zero. Assim, a variável endógena do modelo, zt, flutua em torno de uma tendência definida, e apresenta uma variância finita que depende da variância do termo de erro aleatório. A projeção de zt, nesse modelo, se dá pela parte determinística da série, α + βt, já que os choques são temporários, dissipando-se com o tempo, e fazendo com que a economia volte para a sua tendência de longo prazo, que é determinada por questões estruturais ligadas ao lado da oferta.

Em segundo lugar, as séries de passeio aleatório (o de random walk), como, por exemplo, zt = β + zt-1 + dt.

Nesses modelos, não há uma tendência de longo prazo para a trajetória da variável dependente zt, e os choques são cumulativos, de efeitos permanentes, de modo que a economia não volta para a mesma trajetória após receber uma oscilação. Assim, o valor atual da variável endógena zt é função de todos os choques aleatórios recebidos até o momento: zt = z0 + βit + Σdt. Isso faz com que as previsões de longo prazo para o comportamento dessa variável sejam sempre influenciadas por eventos históricos, e que a variância dos erros de previsão cresçam de acordo com o horizonte de tempo que essa previsão pretenda abordar.

O artigo de Nelson & Plosser (1982) busca mostrar, por meio de um teste econométrico envolvendo séries temporais de variáveis da economia norte-americana em um período de cerca de um século, que o crescimento econômico não precisa se dar obrigatoriamente sob uma trajetória determinística. Isto é, a tendência de longo prazo do comportamento das variáveis econômicas ao longo do tempo pode ser estocástica, afetada permanentemente por choques aleatórios de curto prazo.

De acordo com o teste econométrico realizado, os autores concluíram que os ciclos econômicos têm, predominantemente, trajetória estocástica do tipo random walk, ou então, as flutuações, se têm trajetória definida, seus choques são tão autocorrelacionados que são indistinguíveis das trajetórias estocásticas. Portanto, segundo os autores, os fatores ligados às variáveis reais parecem ser mais relevantes para explicar os ciclos do que os fatores monetários.

Como, pela teoria macroeconômica convencional, a trajetória do produto real é explicada pela soma de um componente de crescimento (de oferta agregada) e um componente cíclico (de demanda agregada), então, se os ciclos provocados pelas variáveis monetárias são transitórios, ou estacionários, as oscilações não estacionárias no produto devem ser explicadas pelos choques nas variáveis reais do modelo. Assim, os autores concluem que essas variáveis reais, que provocam não-estacionariedade no comportamento do produto, devem ser incluídas nos modelos de regressão, tais quais os estoques de fatores de produção e a variação tecnológica, a qual é vista como responsável pelas quebras estruturais na trajetória do comportamento da economia. Assim, fundamenta-se a Teoria dos Ciclos Reais de Negócios (Real Business Cycles), segundo a qual os ciclos econômicos decorrem das respostas dos agentes econômicos, por meio de suas decisões intertemporais de trabalho (ou lazer) e de poupança (ou consumo), frente a choques de oferta.

Contudo, as conclusões do trabalho de Nelson & Plosser sofreram críticas por parte de diversas correntes de pensamento macroeconômico, as quais procuraram tentar conciliar a raiz unitária das séries temporais macroeconômicas com suas teorias, ou então relativizar a importância da não-estacionariedade. Por exemplo, autores novo-keynesianos desenvolveram a hipótese da quase-raiz unitária, segundo a qual a margem de erro do teste de hipótese pode captar como raiz unitária a existência de uma lentidão no ajustamento da economia a choques, provocada por rigidez nominal e imperfeições de mercado. Por outro lado, autores pós-keynesianos resgatam a hipótese levantada por Tobin (1965), de não-neutralidade da moeda sobre a trajetória da economia no longo prazo, já que, como a moeda é considerada um ativo, ela concorre com outras opções de investimento por parte dos agentes econômicos, e isso influencia o processo de acumulação de capital no longo prazo. Portanto, nessa visão, choques monetários podem gerar quebras estruturais na economia.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Logical Song (Supertramp)

Essa música, originalmente da banda new-age Supertramp, tem uma versão muito legal tocada pelo violonista brasileiro Emmerson Nogueira, gravada no disco Versão Acústica Vol. 2.

When I was young
It seemed that life was so wonderful
A miracle, oh it was beautiful, magical
And all the birds in the trees
Well they'd be singing so happily
Oh joyfully, oh playfully watching me
But then they sent me away
To teach me how to be sensible
Logical, oh responsible, practical
And they showed me a world
Where I could be so dependable
Oh clinical, oh intellectual, cynical

There are times when all the world's asleep
The questions run too deep
For such a simple man
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
But please tell me who I am

Now watch what you say
Or they'll be calling you a radical
A liberal, oh fanatical, criminal
Oh won't you sign up your name
We'd like to feel you're
Acceptable, respectable, oh presentable, a vegetable

At night when all the world's asleep
The questions run soo deep
For such a simple man
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
But please tell me who I am, who I am, who I am, who I am

Às vezes o conhecimento parece estar tão longe do Homem e de suas perguntas, a ciência parece ser o seu mestre, e não o seu instrumento de trabalho, a inteligência parece ser inimiga mortal da criatividade, e o intelectual parece se transformar em um simples técnico reprodutor não-crítico e não-pensante de conhecimentos passados...

Cachaça

Demorei 8 meses para experimentar a tão famosa cachaça de Minas. E é cachaça com o pedigree de um whisky escocês, nada de porcarias como Velho Barreiro, Belinha ou Caninha 51.

Bom, nessa última tarde de sábado, o que era para ser um inocente churrasco da turma do Cedeplar acabou se tornando um fina de semana ineiro de muita ressaca para mim. E o estudo está se acumulando... duas resenhas de Tópicos Especiais em Macro para entregar na sexta.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Perfil do Economista

Estudo encontrado pelos meus colegas do mestrado. O site da Ordem dos Economistas do Brasil é: www.oeb.org.br:

Eu fiz comentários sobre a minha situação frente aos dados oficiais:

Sexo - Embora a participação das mulheres no mercado de trabalho seja crescente a partir dos anos 80, a economia ainda é uma profissão basicamente masculina. 82,3% dos economistas são do sexo masculino e 17,7% do feminino.

Raça - A grande maioria dos economistas (84,7%) é da raça branca, seguindo-se a parda (11%), negra (2,6%), amarela (1,6%) e indígena (0,1%). Me considero mais latino, ou hispânico, do que branco, mas acho que na pesquisa eu seria branco.

Naturalidade - Quanto ao estado de nascimento do economista, na Região Norte predominam os do Pará (46,6%) e do Amazonas (20%). No Nordeste aparecem em posição de destaque os nascidos na Bahia (20,6%), Ceará (14,4%) e Pernambuco (12,4%). No Sudeste a liderança cabe a Minas (30,2%), seguida de São Paulo (20,7%) e do Rio de Janeiro (15,5%). Na Região Sul o Rio Grande do Sul aparece em primeiro lugar (29,1%), seguido de perto pelo Paraná (23,8%), vindo Santa Catarina em terceiro lugar (12,8%). Na região Centro-Oeste há uma participação expressiva de economistas nascidos no Sudeste. Minas Gerais aparece na primeira posição (10,4%), um pouco à frente de Mato Grosso (9,9%), Rio de Janeiro (9,6%) e Goiás (8,6%).

Faixa Etária - A idade média do economista é de 42,4 anos. Há uma forte concentração de profissionais (65,3%) nas faixas etárias de 30 a 39 anos (31,8%) e de 40 a 49 anos (33,5%). Há um contingente importante de economistas, também, na faixa de 50 a 50 anos (20,1%). Tenho 22 anos.

Estado Civil - O maior contingente (73%) é representado por economistas casados, vindo a seguir os solteiros (20,5%) e os divorciados ou viúvos (6,5%).

Número de Filhos - Quase 45% dos economistas (exatamente 44,2%, na amostra) têm no máximo um filho, 31,4% dois filhos e 24,4% três ou mais. Para ser mais exato, nenhum!

Orçamento Doméstico - A contribuição do economista para o orçamento doméstico é fundamental. 37,6% pagam todas as despesas e 30,6% a maior parte - o que significa que 68,3% dos economistas são os principais responsáveis pela manutenção do núcleo familiar do ponto de vista material. Morar sozinho é outra coisa...

Influência Familiar - Ao contrário do que ocorre em medicina e direito, a profissão da mãe ou do pai não parece ter sido um fator importante para a escolha da profissão de economista. Prova disso é que 73,7% dos economistas são filhos de pais que não tinham o curso superior completo - o que, paralelamente, é um indicador setorial relevante de forte mobilidade social no Brasil em décadas passadas. Meus pais são embos formados em Engenharia Química.

Domínio de Línguas Estrangeiras - Quanto ao grau de conhecimento em línguas estrangeiras, 33,3% o consideram bom (24,9% ) ou muito bom (8,4%), 38% acham-no razoável e 28,7% o classificam como fraco. A língua predominante é o inglês (51,8%), seguido do espanhol (32,2%) e do francês (12,8%).

Internet - O uso da Internet está se disseminando rapidamente entre os economistas. 30,4% são usuários e outros 46,6% são usuários de micro e pretendem se conectar à Internet. Um grupo bem menor (7,1%) não pretende se conectar e os restantes (15,7%) não são usuários de microcomputador. Sou usuário, já que viciado não está presente como opção.

Razões para a Escolha da Profissão - O principal motivo indicado para a escolha da profissão foi a afinidade intelectual (43%), vindo em segundo lugar (mas bem distante) a expectativa de ter boas ofertas de emprego (15,5%) e em seguida o fácil acesso ao curso (11,3%). Mas ah! Então não estou sozinho nessa! Não sou o único que entrou nesse barco mais pela curiosidade com a matéria do que com o pensamento-clichê é-isso-que-o-mercado-quer.

Trabalho na Graduação - A maioria dos profissionais teve que trabalhar em horário integral durante a maior parte do cursos (57,4%). Um contingente bem menor, porém expressivo, (18,1%) trabalhou em horário parcial durante a maior parte do curso. 12,8% trabalharam em horário parcial durante parte do curso e 5,6% em horário integral durante parte do curso. Apenas 6,1% não precisaram trabalhar durante o curso de graduação. Ser bolsista, assistente de pesquisa e monitor deve ser isso.

Formação Acadêmica - Os economistas fizeram em geral o bacharelado ou apresentam algum grau de especialização (92%). Os que completaram o mestrado representam 6,3% e os que concluíram o doutorado correspondem a 1,7% dos profissionais. Completar o mestrado, em breve.

Instituição em que se formou - A graduação foi concluída em instituições particulares (53%) e públicas (46,9%) brasileiras e apenas 0,1% no exterior.

quarta-feira, agosto 01, 2007

De Volta a BH

Já são meia noite, e minhas malas já estão arrumadas. Amanhã, ou melhor, hoje, às oito e meia da manhã, estarei embarcando novamente para Belo Horizonte, sendo que minhas aulas começam já na sexta-feira e ainda tenho dois relatórios e um trabalho de grupo para entregar da imortal cadeira de Econometria I.

Essas férias foram muito boas, aproveitei bastante. Saí com meus antigos amigos quase todo dia, tomei muita cerveja Polar (meu fígado não pôde sair de férias, infelizmente), e fiz turismo urbano em Porto Alegre, com direito à passeio pela Linha Turismo, em um ônibus conversível, com o Risco e a Juliana. Ainda gostaria de ter visitado o Jardim Botânico e o Museu de Ciência e Tecnologia da PUC. Mas, vou deixar para dezembro.

Enfim, eu saí tanto que eu gostaria de ter descansado mais nessas férias... mas, como diz o meu pai, "o ruim das férias é que elas acabam".

Amanhã volto para a "terra do barro vermelho", como minha bisavó, que já morou por lá, chama Belo Horizonte. Terra do barro vermelho, terra do pastel de queijo com caldo de cana, terra dos botecos, terra do mestrado, enfim. Nos próximos 3 meses, farei 4 cadeiras (Modelos Hierárquicos, Econometria III - Dados em Painel, Avaliação de Políticas Sociais e Tópicos Especiais em Macroeconomia) e um estudo dirigido em Metodologia da Economia. Ainda não me sinto entusiasmado em encarar duas disciplinas de métodos econométricos de uma vez só, mas sei que isso vai me ajudar no futuro, nas pesquisas.

Vamos ver o que vai ser de mim nesse semestre. O passado foi muito cansativo, não tive tempo de fazer quase mais nada. Mas, como reza a lenda, nada pode ser pior do que o primeiro semestre do mestrado, mesmo que eu já tenha ouvido essa expressão várias vezes em minha vida, em ocasiões diferentes. Se eu não gostar, acabarei largando a vida acadêmica logo após concluir o mestrado, e procurarei um emprego, farei concursos, ou mesmo mudarei de área (demografia?). Vou ver.