terça-feira, maio 29, 2012

Só para Constar

Hoje faz um ano que estou no Rio.

Nesse mesmo 29 de maio, no ano passado, cheguei no aeroporto Santos Dumont vindo de Brasília com 4 malas, 1 mochila nas costas e uma reserva de 1 mês em um flat na rua Pompeu Loureiro, em Copacabana. Me lembro de ouvir, no rádio do taxi, um comentarista esportivo reclamando do frio de 23 graus (?!) qua fazia naquela tarde de domingo. Quando cheguei no flat, sequer desarrumei as malas, e fui caminhar no calçadão da praia - entre os gringos - como não fazia a muito tempo.

quinta-feira, maio 24, 2012

Riqueza, Religião e Fertilidade

O Drunkeynesian divulgou mais um excelente gráfico hoje. A figura mostra a relação entre a religião, a renda per capita e a taxa de natalidade em uma grande amostra de países. O gráfico é dinâmico: também mostra a evolução desses indicadores desde 1800.

A conclusão é clara: altas taxas de fertilidade decorrem de baixa renda per capita. Ao contrário do que os cristãos radicais (e o senso comum) acreditam, os muçulmanos não estão a um passo de dominar o mundo.

terça-feira, maio 22, 2012

Sinopse Internacional - Abril de 2012

Foi publicada na internet a Sinopse Internacional n. 17, a carta de conjuntura macroeconômica semestral do BNDES. Ela é uma publicação conjunta entre a Assessoria Econômica da Presidência, a Área de Comércio Exterior e a Área Internacional do banco, e destaca os principais acontecimentos do panorama macroeconômico mundial, as tendências do investimento externo global e do comércio exterior.

A publicação pode ser conferida neste link.

Deu trabalho montar essa sinopse, principalmente de coletar os dados em várias fontes internacionais e comparar nossas interpretações com as de outras cartas de conjuntura divulgadas pelas demais instituições (como a do FMI, do IIF, do IPEA, etc.). Mas o resultado final ficou bom.

sexta-feira, maio 18, 2012

Quadrilha (Versão 2012)

João subornava Teresa que fraudava Raimundo
que extorquia Maria que achacava Joaquim que fazia lobby para Lili
que não sabia de nada nem de ninguém.
João foi para as Ilhas Cayman, Teresa para o Congresso,
Raimundo morreu de overdose, Maria concedeu CC para sua tia,
Joaquim foi suicidado e Lili montou sociedade escusa com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na esquema.

segunda-feira, maio 14, 2012

Os 10 Mandamentos do Ensino, por Bertrand Russel

Li um livro do Bertrand Russell, "A Economia do Ócio", em 2007 ou 2008, e achei muito bom. Na semana passada, encontrei na internet algumas idéias dele sobre educação, com destaque para os 10 mandamentos para o ensino. Eles estão abaixo, com o link para o site onde os encontrei.

1) Do not feel absolutely certain of anything. 

2) Do not think it worth while to proceed by concealing evidence, for the evidence is sure to come to light. 

3) Never try to discourage thinking for you are sure to succeed. 

4) When you meet with opposition, even if it should be from your husband or your children, endeavor to overcome it by argument and not by authority, for a victory dependent upon authority is unreal and illusory. 

5) Have no respect for the authority of others, for there are always contrary authorities to be found. 

6) Do not use power to suppress opinions you think pernicious, for if you do the opinions will suppress you. 

7) Do not fear to be eccentric in opinion, for every opinion now accepted was once eccentric. 

8) Find more pleasure in intelligent dissent than in passive agreement, for, if you value intelligence as you should, the former implies a deeper agreement than the latter. 

9) Be scrupulously truthful, even if the truth is inconvenient, for it is more inconvenient when you try to conceal it. 

10) Do not feel envious of the happiness of those who live in a fool’s paradise, for only a fool will think that it is happiness.

quarta-feira, maio 09, 2012

Entrevista com Amartya Sen

A revista Veja (azar o meu, para a galera à esquerda) entrevistou o economista indiano Amartya Sen nessas últimas semanas. O link esta aqui.
É um erro buscar o crescimento pelo crescimento, sem levar em conta os seus efeitos mais amplos e as suas consequências. É preciso ponderar, entre outros fatores, o impacto ambiental. É fundamental também usar os frutos do crescimento para aprimorar a qualidade de vida da população de maneira abrangente, e não apenas favorecendo certos grupos. A Índia teve uma expansão econômica, nas duas últimas décadas, mais elevada do que a de Bangladesh. A renda per capita indiana é hoje equivalente ao dobro da de Bangladesh. Porém, apesar de ter crescido menos, Bangladesh ultrapassou a Índia em diversos indicadores de desenvolvimento social. Precisamos prestar atenção em como tirar o melhor proveito do enriquecimento do país. O crescimento é um meio extraordinário de alcançar avanços sociais e beneficiar a população em geral, como já apontara Adam Smith (filósofo escocês, 1723-1790).

Amartya Sen é um dos economistas que mais influenciaram minha carreira. Desde que li o livro "Desenvolvimento como Liberdade", no segundo semestre da graduação, me interessei em trabalhar com desenvolvimento econômico e indicadores sociais, temas que me são caros ainda hoje. Incluí algumas das principais idéias dele no artigo "Um Ensaio sobre os Aspectos Teóricos e Metodológicos da Economia da Pobreza", publicado na Revista Economia Ensaios (REE) no ano passado.

terça-feira, maio 08, 2012

Sorria... O Mundo já Foi Pior

Para todos (como eu) que são avessos a qualquer forma de modismos, a Wikipedia apresenta a arquitetura brutalista, "hit" dos anos 50-70, e que muito contribuiu com a degradação das regiões centrais das metrópoles brasileiras. (dica do Leonardo Monastério)

A Revolução dos Juros Baixos no Brasil

O Drunkeynesian publicou um excelente post sobre a nova realidade das taxas de juros no Brasil. Vale MUITO a pena conferir.
A tendência que parece estar se desenhando é: dinheiro deixando de financiar o setor público para investir no setor privado. No melhor dos casos, finalmente o Brasil conseguirá dar um grande passo no desenvolvimento do mercado de capitais (ações, dívida corporativa, dívida imobiliária, etc), o financiamento da atividade econômica passará a depender menos do governo e a remuneração dos investimentos refletirá uma taxa de mercado, proporcional ao risco tomado; no pior, como no mundo desenvolvido, as más decisões de investimento não serão punidas (investidores salvos pelo governo) e o custo do dinheiro ficará distorcido de outra maneira. Esse, porém, será assunto para daqui a alguns bons anos (mas meu lado Cassandra não pode deixar de achar que cairemos nesse pior caso).