segunda-feira, novembro 29, 2010

Os Maiores Aglomerados Urbanos do Brasil, segundo o Censo 2010


(clique na tabela para ampliar)

A tabela acima, que mostra a evolução populacional dos maiores aglomerados urbanos brasileiros nos últimos dez anos, parece confirmar algumas hipóteses que levantei anteriormente. Tanto Salvador como Belo Horizonte, que cresceram muito pouco como municípios na última década, cresceram como aglomerados urbanos em um ritmo similar à média nacional. Isso vai ao encontro à hipótese da conurbação, isto é, a população dessas metrópoles está crescendo em direção às cidades periféricas, que se transformam cada vez mais em cidades-dormitório cada vez mais economicamente periféricas ao grande centro.

A tabela também mostra que os aglomerados urbanos que cresceram mais de 20% nessa década são aquelas nas regiões de maior imigração recente, isto é, as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil e o estado de Santa Catarina.

Por fim, os dois aglomerados urbanos com crescimento bastante inferior à média são Porto Alegre e o Rio de Janeiro. Em relação à Porto Alegre, já expliquei minhas hipóteses para isso: baixas taxas de fertilidade e emigração de jovens trabalhadores qualificados. Já no caso do Rio de Janeiro, permaneço em dúvida. Será que a violência nos morros está atingindo proporções demográficas? É fácil testar isso: basta montar uma pirâmide demográfica e ver se estão faltando homens jovens, mais vulneráv eis a mortes violentas. Ou será que os migrantes de outros estados estão retornando as suas raízes?

Leslie Nielsen 1926-2010



Faleceu hoje o ator e comediante canadense Leslie Nielsen, aos 84 anos. Nielsen era um dos meus heróis de infância, devo ter visto a série Corra que a Polícia Vem Aí pela primeira vez aos 7 ou 8 anos de idade. Ainda hoje, seus filmes me fazem rir.

Que pena. Eu ainda estava esperando um quarto filme para a famosa série, conforme contavam os boatos da internet.

quarta-feira, novembro 17, 2010

De Volta ao Blog

Caros leitores,

Deixei o blog parado nessa última semana, por vários motivos. Em primeiro lugar, estou correndo no relatório das desigualdades de gênero e etnia do Paraguai, já que o prazo final, mas final MESMO, acaba no início de dezembro.

Em segundo lugar, estou me mudando, pela quinta vez desde que saí da casa de meus pais em 2006. E mudanças são estressantes. Tal como recebi um comentário no início do ano passado, "duas mudanças equivalem a um incêndio em termos de transtorno". Além disso, na decisão de pegar a empresa mais barata para transportar os móveis mais pesados, ontem o motorista do caminhão (um senhor de cerca de 60 anos) veio sozinho fazer o serviço. Resultado: passei a tarde empilhando caixas, e ainda tive que carregar uma máquina de lavar escada abaixo da minha atual residência, que não tem elevador.

Terceiro, nesse fim-de-semana fiz um estágio de guia turístico para minha família aqui em Brasília. Eles notaram como a cidade fica vazia em feriadões, o cenário dos shoppings, restaurantes e até mesmo das ruas era do tipo "Eu Sou a Lenda", aquele filme com o Will Smith. Mas deixo como dica aos possíveis visitantes da capital federal o Memorial JK, a leste do Eixo Monumental, e o restaurante Carpe Diem, na 302 Sul. O restaurante China, na 301 Sul, continua ótimo em termos de preço, qualidade do atendimento e comida, mas é sempre meio vazio.

Espero voltar a postar com mais freqüência agora.

sexta-feira, novembro 05, 2010

As Maiores Cidades Brasileiras, Segundo o Censo 2010

O IBGE divulgou, nesses dias, alguns resultados preliminares do Censo 2010. Uma das informações que mais me chamaram a atenção foi o ranking populacional das maiores metrópoles brasileiras. A tabela abaixo mostra a evolução das 11 maiores cidades do país em relação à população do Censo passado (2000).



A tabela mostra o massivo crescimento de Brasília e Manaus em relação as demais cidades. Além disso, mostra a estagnação de Porto Alegre e de Belo Horizonte, assim como a estabilização populacional do Rio de Janeiro e de Salvador. No caso de Brasília, o inchasso da capital federal certamente está relacionado com a retomada dos concursos públicos nos últimos anos. No caso de Belo Horizonte, e provavelmente também de Salvador, conforme conversei com habitantes locais, o baixo crescimento dessas cidades se deve à saturação de seu espaço geográfico. Isto é, essas cidades já ocuparam todo o seu território físico, de modo que as novas residências são construídas nas cidades vizinhas, que se trnasformam em cidades-dormitório em um processo acelerado de conurbação (esse é o caso evidente de Belo Horizonte, que está emendada com os municípios de Contagem, Nova Lima e Vespasiano).

Em Porto Alegre, o motivo de sua estagnação deve ser, em primeiro lugar, as baixas taxas de natalidade locais. Quando passo as férias na minha cidade natal, sempre noto que há cada vez menos crianças e mais idosos nos espaços públicos. Contudo, também não deve ser esquecida a importância da estagnação econômica da cidade nas últimas décadas, que incentivou muitos jovens trabalhadores qualificados a migrar para centros com mais oportunidades, como São Paulo, Rio e Brasília. Esse é o meu caso pessoal, assim como de muitos de meus colegas de graduação e de colégio.

Já em Manaus, não sei o que pode estar estimulando o crescimento da sua população. Porém, segundo um mapa divulgado pelo UOL, nota-se que o crescimento populacional dos estados do Norte e do Centro-Oeste é muito maior do que o dos estados do Sul (fora Santa Catarina, provavelmente por motivos migratórios), do Sudeste e até mesmo do Nordeste, cujas famílias são estereotipadas pelo seu grande número de integrantes. O país, portanto, parece estar em um processo de desconcentração populacional do litoral para o interior, o que pode contribuir para aliviar a pressão sobre a infra-estrutura das grandes cidades.

Agora, estou muito curioso para ver a evolução da renda familiar nos estados brasileiros ao longo da última década. Será que irá acompanhar o movimento populacional?

quarta-feira, novembro 03, 2010

O Resultado das Eleições, por José Simão

E brasileiro não quer saber quem privatizou ou quem estatizou. Brasileiro quer comprar em 24 vezes sem juros!