O Mansueto Almeida, especialisa em política fiscal, faz uma excelente resenha sobre uma entrevista do Paul Krugman sobre a crise econômica nos Estados Unidos e as alternativas fiscais para o estímulo à demanda agregada. Vale a pena conferir.
A defesa que Krugman faz do aumento dos gastos públicos pelo governo norte-americano para mitigar os efeitos da desaceleração da economia nos últimos trimestres chega a ser assustador para uma parte dos economistas brasileiros. Mas é bom destacar que os Estados Unidos, ao contrário do Brasil, é um país de instituições fortes. A regra macroeconômica dos manuais de graduação, de que o governo deve elevar seus gastos quando as despesas privadas estiverem deprimidas e reduzir os mesmos quando as despesas privadas estiverem aquecidas, pode ser seguida pelos governantes de lá. Aqui nos trópicos, infelizmente, a política fiscal é rígida para baixo. Elevar os gastos públicos sempre é fácil, mas raramente os governos têm força o suficiente para manter seus gastos sob controle durante longos períodos, pois sofre pressão dos partidos políticos e de grupos de interesse. E, para não alimentar (mais) a inflação e o endividamento, acaba recorrendo ao aumento da arrecadação, via elevação dos impostos.
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