A Economia da Educação provavelmente é a área da Economia Social com maior projeção e desenvolvimento teórico recente. A maior parte da literatura a seu respeito envolve testes empíricos e econométricos para avaliar os efeitos da quantidade e da qualidade de ensino sobre os rendimentos dos indivíduos (em nível micro) e sobre o crescimento econômico (em nível macro). Os principais autores na área são a Petra Todd (University of Pensylvania) e o Hanushek (Stanford).
Contudo, além dos trabalhos empíricos, também há um desenvolvimento de cunho teórico a respeito do processo de educação sob um enfoque econômico. Por exemplo, Todd & Wolpin (2003), no artigo “On the Specification and Estimation of the Production Function for Cognitive Achievement”, procuram destacar os principais aspectos teóricos da modelagem econômica do processo de aprendizado, definido como o desenvolvimento de habilidades cognitivas individuais. É definida uma função de produção da educação para cada indivíduo, em uma evidente analogia com a teoria microeconômica da firma, em que o aprendizado decorre de uma tecnologia de combinação de insumos escolares para a produção de habilidades cognitivas.
Os autores apontam que, na literatura sobre essa temática, há uma falta de consenso sobre quais são os insumos escolares (entendidos como as características específicas das crianças e das escolas) que são os mais importantes para o aprendizado. Entretanto, sabe-se que a educação é um processo histórico, no sentido de que o nível de habilidade cognitiva atual de cada indivíduo depende das combinações passadas de insumos, e a ordem dos fatures afeta o produto. Além disso, não apenas os insumos das escolas e das famílias determinam o aprendizado das crianças, mas também as suas características inerentes (de cunho biológico, psicológico ou genético) são importantes.
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Um comentário:
Hm, interessante. Eu, tu e o Felipe trabalhando de alguma maneira com educação... esse mercado tá muito na moda, hehe.
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