Uma das maiores dificuldades de adaptação que eu, gaúcho de Porto Alegre, tive em Belo Horizonte, foi em relação à abundância de lombas e ladeiras nas ruas dessa cidade. Isso não só para andar, já que aqui as pessoas traçam estratégias de locomoção urbana com base nisso. Em Belo Horizonte, o menor trajeto entre dois pontos não é uma reta, mas sim o caminho que cansa menos, diga-se de passagem. Mas também o transporte motorizado é complicado. Mais de uma vez fiquei enjoado do sobe-e-desce do caminho dos ônibus, sobretudo nos bairros ao redor da lagoa da Pampulha.
Bom, tudo isso é um problema para mim, mas os nativos contam histórias muito surpreendentes sobre sua relação com os desníveis de sua cidade. Na quarta-feira, uma amiga minha, e graduanda do curso de Economia da UFMG, me contou sobre sua recente viagem à Brasília, reclamando de suas avenidas planas. "Não estou acostumada a andar no plano, sempre acabo tropeçando nos meus próprios pés." comentou ela. Segundo me contou, ela está acostumada a pisar no chão primeiro com a ponta do pé, e depois com o calcanhar, o que é útil em escaladas, mas distinto do resto da humanidade.
Darwin pode explicar isso? É uma questão de seleção natural a capacidade de caminhar nas calçadas da capital mineira?
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Há 2 horas
2 comentários:
Darwin não, já que para que fosse seleção natural os habitantes que não consguissem andar dessa maneira teriam que morrer o que felizmente não acontece =). Porém é claro que a geografia da cidade acostuma os seus habitantes a se locomover de determinada maneira, assim como alguns grupos indígenas tem mais facilidade para andar em florestas enquanto nós tropeçamos em cada raiz no caminho. A explicação não é biológica, mas cultural. Abraço!
A explicação não é biológica, mas que é divertida, é! Hehehe.
Abração!
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