Segundo mapa divulgado pela The Economist, eu nasci no Gabão. Aos 22 anos, migrei para o Líbano não fugindo da fome, da guerra civil ou do vírus do ebola, mas em busca de oportunidades educacionais. Pós-graduado, fui ser consultor das Nações Unidas e professor universitário em Portugal. Há três meses atrás, fui convocado em um exame de seleção para trabalhar no Banco de Desenvolvimento da Rússia.
Essa história bem poderia dar um filme, ou descrever algo parecido com a biografia do Barrack Obama, mas é o resultado do estudo da Economist, que comparou os estados brasileiros com países equivalentes de acordo com o seu PIB, população e PIB per capita.
O resultado final do mapa do PIB per capita é o seguinte: os estados brasileiros mais ricos não são tão ricos assim internacionalmente. Equivalem aos países do leste europeu. Os estados mais pobres também não estão tão mal na foto, estão próximos aos demais países latino-americanos as nações do Oriente Médio. É claro que a base de comparação inclui países institucionalmente caóticos, mas que exportam petróleo, o que infla sua riqueza sem distribuí-la à população, como Gabão e Venezuela. Isso atrapalha um pouco a interpretação, mas não muda o padrão.
Para controlar o problema da distribuição de renda, assim como os efeitos da valorização do câmbio real, eu bem que queria ver um mapa desses para o índice de desenvolvimento humano (IDH).
Os livros de 2024
Há 15 horas
Um comentário:
é, Ricardo:
alguns anos atrás, fiz umas comparações deste tipo entre São Paulo e a Espanha. fiquei chocado, pois ela é um patinho-feio europeu (mas melhor desempenho que a maioria dos ex-comunistas) e Sampa é simplesmente o máximo brasileiro.
DdAB
Postar um comentário