Conforme fiquei sabendo via Orkut, meu professor de literatura do terceiro ano do Anchieta, Sergio Fischer, faleceu na quinta-feira passada. Deixará saudades para todos os alunos, ex-alunos e amigos.
Em um curto espaço de tempo, perdi três amigos ainda jovens, com muitas expectativas e planos para o futuro que subitamente, e inexplicavelmente foram ceifados. Em setembro passado, meu colega da UFRGS Luciano Cezar, 33 anos, foi abatido pela pneumonia em Fortaleza (CE), onde estava concluindo seu mestrado em economia, e já estava se preparando para o doutorado. Em novembro, Gabriel Pillar, 22 anos, meu colega de colégio de 1994-96 e 1998-2001 sofreu um acidente de trânsito, que foi inclusive muito comentado pela mídia gaúcha, por ter destruído um poste telefônico com o choque. O Pillar estava se formando em jornalismo pela UFRGS, defenderia sua monografia dois dias depois do acidadente e rumaria para o Canadá para fazer mestrado. Agora, o Sergio Fischer, 42 anos, faleceu de câncer, conforme fiquei sabendo. Além de ser ótimo professor, muito querido pelos alunos, tinha filhos pequenos para criar.
Para aqueles que se vão, cito uma passagem de John Donne (1572-1631), que foi lembrada por Ernest Hemingway no seu clássico "Por Quem os Sinos Dobram":
"Nenhum homem é uma ilha, sozinha; todo homem faz parte do continente, parte de outra terra; se um pedaço for levado pelo mar, a Europa diminui, como se fosse um monte, ou a casa de um de teus amigos ou até mesmo a tua; a morte de qualquer homem me diminui, porque faço parte da humanidade; assim, nunca pergunte por quem os sinos dobram: eles dobram por ti."
Observação: em inglês, perguntar "por quem os sinos dobram?" (for whom the bell tolls) é uma forma formal de se perguntar "quem morreu".
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Um comentário:
bonito isso, Ricardo. Essa passagem de John Donne também está presente no livro "O Arquipélago"
Cuide-se. E até as férias de inverno!!!!
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