Fields cita cinco conceitos de mobilidade econômica. Primeiro, o conceito de dependência temporal, isto é, em que medida o bem-estar passado afeta o bem-estar presente, em nível tanto intergeracional, como também intrageracional. Segundo, o conceito de movimento posicional, que refere-se à variação na posição econômica dos indivíduos na distribuição, principalmente de renda, da população (como o posto, o decil, o quintil, etc.). Nesse caso, a mensuração de grupos agregados de indivíduos é mais simples. Terceiro, o movimento distribucional, que refere-se à variação na participação da renda dos indivíduos na renda total da sociedade. Quarto, o conceito de movimento simétrico de renda, segundo o qual o que vale para fins de estudo é a magnitude da variação da renda dos indivíduos, e não a sua direção. Essa técnica é muito aplicada para a decomposição da variação da renda individual entre um parcela causada pelo crescimento econômico e uma parcela causada pela mudança da posição dos indivíduos em uma estrutura social. Quinto, o conceito de movimento direcional de renda, segundo o qual a variação de renda positiva e negativa são tratadas separadamente. De acordo com esse conceito, uma situação de mobilidade é considerada melhor do que outra se a variação percentual de indivíduos que movem-se positivamente é maior do que a de indivíduo que movem-se negativamente, se a mobilidade positiva é maior na média, ou se a mobilidade negativa é menor na média.
Supondo que x é um vetor de rendas iniciais, e y é um vetor de rendas finais para um conjunto de n indivíduos, e que m(x, y) é uma função de mobilidade, o autor apresenta cinco medidas para a mobilidade observada:
a) O coeficiente de correlação entre x e y;
b) O coeficiente de correlação de posto, referente à matriz de índices de renda;
c) A razão de imobilidade quantílica, entendida como a proporção de indivíduos que permanecem no mesmo quantil da distribuição de renda;
d) O índice de rigidez de Shorrok para dois períodos, em que I(.) é um índice de desigualdade invariante por escala:
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e) O índice de Fields & Ok:
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Dadas essas cinco medidas, o autor faz uma série de observações. Primeiro, se houver uma equalização de renda na sociedade que não mude o posto dos indivíduos na distribuição populacional, o coeficiente de correlação de posto não captará essa mobilidade, já que é uma medida de movimento posicional. Em segundo lugar, se os indivíduos mudarem de posição em um mesmo quantil, isso não será captado pelo índice de imobilidade quantílica, o qual é uma medida de movimento posicional entre os grupos. Terceiro, se houver uma variação de renda proporcional para todos, a mobilidade só será captada pelo índice de Fields-Ok. Quarto, se houver uma mudança fixa de c dólares para todos os indivíduos, a mobilidade equivalente só será captada pelos índices de Fields-Ok e de Shorrok. Quinto, por último, se houver um ganho de renda para todos, a mobilidade resultante será plenamente captada pelo índice de Fields-Ok; será captada pelo coeficiente de correlação e pelo índice de Shorrok se o ganho de renda não for uniforme para todos os indivíduo; e será captada pelos indicadores de correlação de posto e de imobilidade quantílica se os indivíduos mudarem de posição ou de quantil.