Recebi por e-mail do meu colega cedeplariano Paulo "Limão" Casaca um texto muito legal sobre a circulação monetária.
Numa pequena vila no sul da França, a crise é sentida. Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dívidas. Subitamente, um rico turista russo chega ao foyer do pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de 100 sobre o balcão, pede uma chave de quarto esobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.
O dono do hotel pega na nota de 100 e corre ao fornecedor de carne a quem deve 100; o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões apagar 100 que devia há algum tempo; este por sua vez corre ao criador de gado que lhe vendera a carne; este, por sua vez, corre a entregar os 100 a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito.
A prostituta recebe os 100 e corre ao hotel a quem devia 100 pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes.
Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos 100. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescentado. Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e os habitantes da pequena vila encaram agora optimisticamente o futuro.
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Há 15 horas
2 comentários:
Essa dívida poderia ter sido paga facilmente através de um título emitido pelo primeiro devedor. Há um fluxo circular da dívida, que começa e termina no dono do hotel.
Mas é um paradoxo bem witty, que expressa bem a importância da informação para o equilíbrio dos mercados...
Faz sentido.
Valeu, Pato!
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