Quinta-feira passada, fiz minha segunda prova com a turma de Macroeconomia do curso de Administração (noturno) da UFMG. A prova, sobre teorias macroeconômicas de curto prazo, foi bastante extensa, com uma questão de Verdadeiro ou Falso, duas de matemática com explicações de raciocínio, uma de interpretar e escrever, e uma de analisar uma política monetária expansionista em uma economia aberta com taxas de câmbio flexíveis. Por fim, coloquei um pequeno desafio de raciocínio econômico, valendo meio ponto extra.
Corrigi a prova no final de semana, e hoje mesmo já publiquei os resultados na porta da minha sala. A média, tal como na prova anterior, foi 7. De 47 provas corrigidas, 12 alunos ficaram abaixo de 6, a nota mínima para ser aprovado. Apenas 4 alunos ficaram acima de 9, e, desses, um deles fechou a prova (tirou 10).
Obviamente, uma hora depois de ter colado os resultados na minha porta, já comecei a ouvir borburinhos de alunos comentando e comemorando (ou não) os resultados. E também, tive que ouvir alguma choradeira. Acho muito chato quando algum aluno tira nota baixa, ou mesmo quando erra uma questão, e vem com o papo de que "foi sacanagem", como se eu tivesse alguma coisa pessoal contra alguém. Ou ainda, pessoas que esquecem de fazer todos os pontos da prova (como fazer contas matemáticas com diferentes dados) e vem me dizer que, como começaram a questão corretamente, "sabiam a lógica", e "obviamente teriam acertado o resto da questão". Se sabiam, então, por que não fizeram? Preguiça?
Outra coisa que notei foi uma relativa variabilidade das notas dos mesmos alunos em relação à prova anterior. 9 alunos que tiraram boas notas anteriormente foram mal na última prova, como se tivessem "relaxado". Por outro lado, 8 alunos que foram de "meia-boca" a mal na primeira prova, agora foram bem melhor. Pois é, parece que o medo da reprovação tem mesmo um impacto pedagógico sobre a responsabilidade dos alunos. O papo pós-moderno-niilista de que isso "traumatizaria os estudantes", e faria com que eles desistissem de continuar estudando não foi corroborado pelas minhas observações empíricas.
Agora, já tenho que me preocupar em preparar a terceira lista de exercícios para a última prova do semestre. A matéria será a macroeconomia de médio e longo prazos, focando principalmente nos problemas relacionados com desemprego, inflação e crescimento.
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