Entrei em contato com essa aluna, explicando que tínhamos que repensar o trabalho. A resposta, irada, me espantou: a aluna colocava a culpa em mim. Dizia que não fui um orientador, já que peguei o trabalho pronto. Eu havia sido um "mero corretor, e incompetente, pois não havia sido capaz de identificar os plágios dela". Dizia-se inclusive vítima, pois havia gastado dinheiro com a encadernação.
Agora, paro para refletir. Se a picaretagem dos alunos é tão rasteira assim, na maior parte das universidades brasileiras, os quais não se dão nem ao trabalho de tentar fazer algo errado que não vá ser descoberto, é porque há conivência com os professores e diretores. Certamente, as alunas do caso acima não esperavam que alguém lesse seus trabalhos, ou que se importasse com o plágio. E provavelmente suas expectativas eram racionais, endógenas às sinalizações de seu ambiente.
5 comentários:
Tem muita faculdade que virou um escolão, uma espécie de ensino médio avançado...
Ah, claro!! Ela nem percebeu o plágio!!
Será que ela leu o trabalho???
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Ah, claro!! Ela nem percebeu o plágio!!
Será que ela leu o trabalho???
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Que pesadelo para o orientador. Meu trabalho de conclusão não ficará o mais belo, mas pelo menos eu quem fiz.
aí, chende (sotaque alemão do RS): acho que o assunto já foi resolvido por outra postagem do próprio Ricardo. duas gerações de pais: os mais velhos enfureciam-se com os filhos de maus resultados escolares. os mais novos enfurecem-se com os professores.
DdAB
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