Depois de quase dois anos, voltei para a vida acadêmica. Agora sou professor efetivo do Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro), uma instituição privada de ensino superior do Distrito Federal. Estou lecionando Introdução à Economia para três turmas (Administração, Recursos Humanos e Gestão Pública).
Por isso, meu retorno à participação ativa na blogosfera continua (e deverá continuar) atrasado. Tenho que preparar aulas para minhas três turmas na faculdade e duas turmas no Curso JB (preparatório para o concurso Rio Branco, em que já trabalhava desde fevereiro), e isso toma todo o meu tempo. Dar aulas de Introdução à Economia nesses lugares não é o mesmo que os professores das universidades federais fazem (inclusive eu e meus colegas da UFMG), isto é, pegar um manual básico e o passar de cabo a rabo para os alunos. No Curso JB, eu tenho que "humanizar" a economia, tornando-a compreensível para alunos formados em relações internacionais, direito, ciências sociais e comunicação social. Na Unieuro, tenho que tornar a matéria a mais aplicada possível para os alunos já se sentirem aptos a sair utilizando os instrumentos de análise econômica em seus ambientes de trabalho. Além disso, tenho que usar e abusar de exemplos concretos para explicar os conceitos econômicos mais básicos.
Nessa nova experiência docente, passei a usar os recursos do Power Point. Quando era estudante, sempre tive dificuldades com aulas em slides, por vários motivos: dificulta a comunicação entre o professor e o aluno, torna a aula monótona e cansativa e, pior ainda, incentiva o professor a acelerar a transmissão de conteúdo, atropelando a atenção e o interesse dos discentes. Contudo, no caso do Curso JB, fui recomendado pela coordenação a não perder tempo de aula escrevendo no quadro e esperando que os alunos copiem. Já na Unieuro, como tenho turmas de 60 a 80 alunos por sala, a própria visualização de um conteúdo escrito no quadro já é difícil. Esperar que os alunos copiem meus resumos e esquemas seria o caos.
Para contornar os problemas da aula em Power Point, tomei algumas medidas. Meus slides são coloridos e cheios de figuras. Não ponho muito texto em um slide, ponho só o título dos pontos principais da matéria e os explico verbalmente. Antes de mudar de slide na aula, pergunto aos alunos se a matéria está clara, ou preciso repetir alguma coisa. Além disso, estou colecionando gráficos de estudos empíricos e cartas de conjuntura, para utilizá-los como exemplos de situações que podem ser explicadas pela teoria econômica básica.
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Há 16 horas
4 comentários:
E ae, Ricardo;
Bem-vindo de volta!
Eu não uso data-show, pelas mesmas razões que tu citaste. E agora tenho dado aula de Brasileira para o curso de Serviço Social, para quem não nada introdutório sobre economia. Está sendo um pouco difícil, embora as aulas rendam mais que as para o curso de Economia.
Teu post sobre "coisas estranhas de Brasília 8" foi hilário!
Abração!
Ô Diego!
Qual é o teu blog atual? Ou está desblogado?
Tchê, tenho passado momentos tensos com minhas turmas da faculdade privada. Agora vejo como era fácil dar aulas na UFMG...
Como é que tão rendendo tuas aulas de Economia Brasileira para Serviço Social? Muito sufoco, ou o pessoal consegue pensar com raciocínio lógico?
Abraço
Cara, estou "desblogado".
Quanto às aulas para o Serviço Social, procuro estimular nos alunos a economia pelo raciocínio lógico, ao invés de incentivá-los a decorar simplesmente os acontecimentos da economia brasileira.
Se está dando certo, saberei em duas semanas, quando ocorrer a primeira prova.
Abração!
boa sorte, ricardo... tenho certeza que com toda essa dedicação os alunos terão ótimas aulas... estou tentando voltar ao bolg tbm... hehehehe
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