terça-feira, março 07, 2006

Review - Vol. 4 (Black Sabbath)

Eu comprei esse disco pela primeira vez em julho/agosto de 2002, por 10 reais, de um amigo. Como o disco era de gravação muito antiga, a qualidade sonora estava comprometida - o som era abafado e muito fraco - e eu passei um bom tempo sem dar muita atenção para ele. Nesta época, eu não era ainda muito fã de Black Sabbath com o Ozzy Osbourne no vocal; considerava a sonoridade psicodélica e blueseira demais, e preferia sons mais rápidos e agressivos (como Metallica, Ramones e Green Day).

Em março de 2005, já muito fã dos riffs macabros do Tony Iommi, resolvi vender o CD velho na Porto Alegre CDs (por 5 pila) e comprar a versão remasterizada na Stoned Discos. Essa "atualização" do mesmo disco pode parecer irracional, mas para quem curte rock clássico, não é uma atitude rara de se ver por aí. Tanto que eu nunca me arrependi de ter feito isso!

O disco é, na minha opinião, o melhor do Black Sabbath com Ozzy Osbourne nos vocais (empatado com o primeiro disco deles). Consegue alternar desde uma balada melancólica como Changes (um dos maiores sucessos do disco), até metais com riffs pesadões, como Supernaut e Cornucopia. Na verdade, nessa fase da carreira do Sabbath (1972), o heavy metal já se consolidou como principal vertente musical da banda; todavia, as suas raízes blueseiras e de rock'n'roll não foram deixadas de lado: marcam o clima das faixas St. Vitus Dance e Tomorrows Dream.

Os maiores destaques do disco são:

Wheels of Confusion: blues-metal com um riff bem pesado, e um clima bastante introspectivo. São mais de 8 minutos de música (mas fãs de metal já são acostumados com isso).

Changes: balada com piano, muito triste. Porém, teve grande impacto comercial na época, e atraiu fãs de diferentes vertentes musicais para as platéias do Sabbath.

Supernaut: ritmo quebrado e riff marcante. É a faixa mais rápida do disco, e talvez de toda a história do Sabbath até então. É pena que foi assassinada com uma versão dance, feita, se não me engano, por uma banda chamada 1000 Homo DJs (!!!).

Snowblind: o maior clássico do disco, tocada com freqüência nos shows do Sabbath até hoje. O riff de guitarra é um dos mais irados da banda (combina acordes pesados com arpejos melódicos).

Cornucopia: a mais pesada do disco: sexta corda afinada em ré. Só ouvindo para acreditar.

Laguna Sunrise: instrumental, estrelando Tony Iommi no violão clássico.

St. Vitus Dance: um rock'n'roll sujão, bem de acordo com as raízes da banda.

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