Esse triste fato gerou combustível para todos os radicais, de qualquer tendência, expressarem suas cômicas conclusões. Isso vai desde o Olavo de Carvalho acusando o Evo Morales e o Hugo Chaves como tramadores dos ataques à polícia paulista, por trás do PCC, como parte de um plano para derrubar os Estados democráticos e criar uma nova União de Repúblicas Socialistas Soviéticas, até o patético governador de São Paulo Cláudio Lembos (PFL) culpando a sociedade pela onda de crimes ("A bolsa da burguesia vai ter de ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira"), isentando-se da resposabilidade mais fundamental de líder de Estado de proporcionar segurança aos seus cidadãos.
Todavia, essas opiniões são marginais dentro da opinião pública brasileira, e não devem ter respaldo sobre a sociedade.
O preocupante, mesmo, é a cada vez maior popularidade, entre todos os setores da sociedade, de medidas de restrição às liberdades individuais e aos direitos humanos (expressão que hoje em dia soa como um palavrão), e apoio a possíveis governos militaristas autoritários a aos esquadrões da morte. O que, infelizmente, essas pessoas ignoram é que as autoridades, no momento que atuam contra a liberdade individual dos cidadãos em nome da ordem pública, acabam cometendo muito mais crimes do que aqueles que queriam evitar. A solução para o problema da segurança pública no Brasil não vai por aí.
Seria muito mais eficiente medidas jurídico-legais simples, mas de maior impacto sobre a criminalidade, como, por exemplo, o fim da progressão penal para envolvidos em crimes hediondos e membros do crime organizado e a expansão do limite máximo de cargeragem para 40 anos. Além disso, é necessária uma reforma no sistema penitenciário brasileiro, de forma a se fechar os grandes complexos prisionais do país e se constuir grande quantidade de pequenos presídios, que são mais controláveis pelas autoridades. Além disso, os líderes das grandes organizações criminosas do país (PCC, CV, TC), deveriam ser extraditados para os Estados Unidos, sob a acusação de "participantes do terrorismo internacional", mas não sei se isso é juridicamente viável.
Toda e qualquer sugestão para os problemas públicos em uma sociedade democrática é bem vinda. O que não é aceitável é que as autoridades culpem e punam a sociedade civil como um todo pelos problemas gerados pela sua própria incompetência administrativa.
sexta-feira, maio 19, 2006
Crise da Segurança Pública em São Paulo
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9 comentários:
"os líderes das grandes organizações criminosas do país (PCC, CV, TC), deveriam ser extraditados para os Estados Unidos, sob a acusação de "participantes do terrorismo internacional","
eheoiueoiheoiuhoeiuheoeiehoiuhe..
Guantanamo neles!
\o/
Simplesmente prender criminosos de nada adianta. É preciso uma análise mais aprofundada. Questionar qual a raiz de tanta criminalidade. Repensar até que ponto estão sendo sanadas essas mazelas. Pouco adianta medidas no sistema judiciário - é tratar a dor de um câncer no estômago com analgésico. E digo mais, enquanto a mediocre sociedade não tiver consciência de que eles são os maiores alimentadores desse ciclo, pouco muda.
Ahh.. fiquei sabendo da festa sexta.. tu vai ir?! :)
Gabriela abobada!!!!
Huiheiuhiehuiuhiuheie...
SÁBADO! ¬¬
claro q sim... eu sou formando!
Hiuhieuheiuhei!
Vou saber, ué!! :P
Ainda não sei se vou..
Ricardooooo!!
Preciso de ingresso?
E agora?!
=[
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