Já faz três semanas desde que me mudei para Brasília. Nesse período, além de trabalhar, já tive a oportunidade de conhecer razoavelmente a capital federal. Meu local de trabalho, o IPC-UNDP, se localiza no Bloco O da Esplanada dos Ministérios, no prédio do Ministério da Defesa. Por isso, todo dia vejo os principais pavilhões do poder federal, como o Congresso, o Palácio do Planalto, O Itamaraty e o Ministério da Justiça.
Nos finais de semana, principalmente quando está fazendo sol, quando não estou procurando apartamentos para alugar, tenho feito alguns "passeios cívicos", visitando os principais pontos turísticos da cidade. O primeiro lugar que visitei foi o Congresso Nacional, com direito a sentar nas poltronas nas quais os deputados formulam e aprovam leis em nome de nosso bem estar. Confesso que o palácio é mais bonito por fora do que por dentro, apesar de contar com um museu bem didático sobre a história da política no Brasil. Além disso, o plenário da Câmara é muito menor visto pessoalmente do que na televisão, e, segundo o guia turístico, isso é uma ilusão de ótica provocada pelo fato de o plenário ser filmado sempre de cima.
Posteriormente, no meu segundo fim-de-semana em Brasília, caminhei pelo Eixo Monumental da Torre de TV até o Supremo Tribunal Federal. A Torre de TV tem um mirante que proporciona uma visão bastante completa da cidade. É um lugar ótimo para tirar fotos. Além disso, no seu segundo andar, tem um museu de mineralogia bastante semelhante ao de Belo Horizonte, na Praça da Liberdade, isto é, é bem organizado, mas é de interesse apenas para alunos do segundo grau. No pé da torre, há uma feirinha em que se compra e vende de quase tudo, desde camisetas do Bob Marley vendidas por ripongas rastafáris, até guarda-roupas e estantes de madeira. Quando tiver meu apartamento, sei que essa feira me será útil.
Mais adiante no Eixo Monumental está o Museu Nacional. O prédio é praticamente um ovo fincado no meio do concreto, uma grande esquisitisse do Niemeyer. Por dentro, haviam poucas exposições, mas uma, de fotos surrealistas tiradas por um artista francês, me chamou a atenção e me divertiu por mais de uma hora.
Após isso, caminhei até o Palácio do Itamaraty. Esse palácio é o prédio público mais bonito que visitei até agora na capital federal, sobretudo pelas obras de arte, incluindo esculturas, pinturas históricas e tapeçaria persa. Claro, para aqueles que, como eu, são leigos em matéria de arte clássica, a presença de uma guia contando a história de cada obra foi fundamental para a apreciação.
Por fim, atrás do Congresso Nacional está uma praça, toda em concreto. Nela, está no centro um enorme mastro com uma bandeira nacional, à direita está o Supremo Tribunal de Justiça, e à esquerda está o Palácio do Planalto, este em reformas. Essa praça é um exclente point para se tirar fotos. Na parte norte dessa praça está um pequeno prédio de design muito peculiar, que me despertou a curiosidade. Porém, quando cheguei perto, notei que parecia vazio e fechado, e não me atrevi a entrar. No outro dia, meus colegas de trabalho me avisaram que aquilo é, na verdade, um "pombal" federal, e quem se mete a entrar corre o sério risco de tomar um "banho". Dei sorte...
Ao procurar e visitar apartamentos para alugar, pude conhecer muito melhor as asas do Plano Piloto. Ao contrário da minh primeira impressão sobre a cidade, os prédios mais antigos (e feios) se concentram nas quadras mais próximas ao Eixo Monumental. Ao longo das asas, mais distantes, estão blocos de edifícios (que funcionam como condomínios) muito agradáveis, que conseguem aliar a funcionalidade residencial com um contato com a natureza, pela abundância de praças e de parques. E, sobretudo, destaco a ausência de grades ao redor dos prédios, o que dá uma impressão de liberdade ao se caminhar pelas quadras. Os apartamentos para alugar são muito caros, em comparação com Belo Horizonte, por exemplo. Dificilmente a soma de aluguel, IPTU e condomínio dê muito menos de 2 mil reais para apartamentos de dois quartos. Por outro lado, a qualidade dos imóveis para alugar é muito boa, não vi nenhum apartamento até agora que me causasse repulsa (como os que tem na área próxima à Praça da Estação em BH). Além disso, todos estão dotados de bons armários e banheiros limpos.
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Há 41 minutos
4 comentários:
Ricardo,
Finalmente, dei aceite definitivo na UFMG. Uma coisa que tenho curiosidade: Todo mundo fala da tensao do primeiro semestre, muitos alunos reprovam no mestrado? Eu vi que se tirar E ou F mais de uma vez, ele é jubilado, isso é raro ou acontece sempre? Geralmente, qual a média da turma?
abç
Haselmann,
No meu ano do mestrado, dois alunos reprovaram no curso de verão de matemática, e só. Em turmas mais antigas, tinha gente que reprovava em Micro I. Se reprovar em mais de uma matéria, até onde eu sei, perde a bolsa, mas eu nunca fiquei sabendo se isso já aconteceu com alguém.
Sobre o jubilamento, eu já soube de um caso de um cara que foi expulso do Cedeplar por plagiar a dissertação. Mas, por notas baixas, nunca vi caso assim.
Tipo, é só estudar que dá para passar em tudo com boas notas. Eu sei que a pressão é muito forte no primeiro semestre, sobretudo por causa do acúmulo de provas e trabalhos para entregar. Mas o esforço é sempre bem recompensado.
As notas, em geral, são normalizadas. Em cada matéria, a maioria da turma tira C, uns poucos tiram B ou D, e alguns podem ficar com A. Reprovação, como já falei,´é raro.
Abraço
Abraço,
Simbora, deixar sao paulo...hehe
Parabens pelo emprego em Brasilia. Estive recentemente na cidade.
Se puder visite uma cidade chamada Pirenopolis, perto daí. É histórica e bem legal pra passar o fim de semana.
Ola Ricardo,
Aqui é o Alan do Cedeplar. Achei esse post interessante e talvez vc goste. Tem um mapa da pobreza bem legal...
http://www.esquire.com/features/best-and-brightest-2009/world-poverty-map-1209
Abraços e boa sorte na nova jornada.
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