Periodicamente, tenho o hábito de fazer o teste do Political Compass para avaliar o imapcto de meus estudos sobre minha visão de mundo e de política. Desde o final da minha gradução, meus resultados se estabilizaram de acordo com o mapa abaixo:
O eixo vertical representa vários graus entre maior ou menor regulação do Estado sobre o comportamento das famílias, entre os extremos do anarquismo (sul) e do fascismo (norte). Já o eixo horizontal representa os graus de maior ou menor intervenção do Estado na atividade econômica, entre os extremos do comunismo (esquerda) e do laissez-faire (direita).
De um modo geral, meus resultados estão refletindo o que estudei e aprendi nos últimos anos. Os agentes privados (indivíduos e famílias) têm a capacidade de tomar decisões e de buscar seus interesses, com problemas de assimetria de informações inferiores aos enfrentados pelos planejadores centrais. Por isso, devem ser deixados livres para buscar sua felicidade, a menos que suas decisões interfiram na felicidade alheia. O setor produtivo deve ser composto por empresas privadas que, buscando o interesse próprio da maximização de lucros, criam renda, empregos e produtos para o consumo, satisfazendo as necessidades dos agentes econômicos. Porém, se as empresas utilizarem poder de mercado para elevar seu bem-estar em detrimento dos consumidores, devem passar por regulação pública. Também acho que é papel do Estado o fornecimento de bens cuja produção pela iniciativa privada não é realizada em uma escala apropriada, seja por motivos tecnológicos, seja por motivos de assimetria de informação, seja por motivos institucionais, além de utilizar políticas macroeconômicas para corrigir flutuações abruptas. Além disso, considero que todo indivíduo deve ter o direito de subsistir com dignidade, independentemente da sua aptidão produtiva. Isso justifica transferências de renda e programas sociais favorecendo a população mais pobre.
De um modo geral, os economistas tendem a concordar em ser liberais em relação ao comportamento individual, e isso se deve à vigência da teoria da escolha racional como paradigma dominante na nossa ciência. Outros cientistas sociais, tal como os advogados, sociólogos e historiadores tendem a enfatizar um maior papel às normas e às estruturas sociais sobre o comportamento humano, e por isso acreditam mais nas regulamentações políticas. Já a discussão sobre o "tamanho ótimo" da regulamentação estatal na economia é tema de incessantes e acalorados debates entre os economistas, sujeitos a divisão de opiniões de acordo com as escolas de pensamento e com modismos flutuam ao longo das décadas.
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