Agora paro para pensar... morei em Porto Alegre do nascimento aos 22 anos e um mês (83,3% da minha vida), em Belo Horizonte dos 22 anos e dois meses aos 24 anos e 11 meses (10,7% da minha vida) e em Brasília dos 25 anos aos 26 anos e meio (6% da minha vida). Acabei o colégio há quase dez anos, me formei na faculdade há quase cinco anos e defendi o mestrado há dois anos. Me lembro daquela velha propaganda do finado banco Bamerindus, no início da década de 90.
Há exato um ano atrás, em maio do ano passado, estava concluindo a minha mudança de BH para Brasília, carregando minhas últimas pastas de artigos que tinha deixado na saudosa "República do Buraco" com meus amigos. Passei exatos 8 meses carregando minhas coisas aos poucos, cada vez que ia visitar minha namorada em BH, voltava com uma mala cheia. Além disso, estava acompanhando a Copa do Mundo, e tinha uma rotina tranqüila como pesquisador do IPC-UNDP, um mês antes de começar a correria que iria durar até o final do meu contrato, em dezembro.
Agora, devo passar algumas décadas no Rio de Janeiro, se tudo der certo. Minha vida nômade deve se limitar a endereços dentro de uma única cidade. Ainda bem. Morar em diferentes cidades é uma boa experiência de vida, principalmente quando aprendo a comparar diferentes hábitos e culturas dos habitantes. Todavia, o processo de mudança (encaixotar os livros, arrumar as malas, procurar lugar para ficar, carregar a bagagem, despachar a bagagem, desarrumar as malas, carregar uma geladeira pelas escadas de um prédio sem elevadores) é muito cansativo e estressante, mesmo que até agora nada tenha dado errado. Essa será minha sétima mudança de endereço desde 2007 (Porto Alegre, Hotel Normandy (BH), Cidade Nova (BH), Centro (BH), Morato (BSB), 703 Norte (BSB), 316 Norte (adivinha?)). Se o ditado popular conta que "duas mudanças equivalem a um incêndio", sete mudanças equivalem ao transtorno de um tsunami sobre uma usina nuclear.
Os livros de 2024
Há 16 horas
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