Dica do Alexandre Schwartzman:
Saiu na internet um artigo de pesquisadores norte-americanos que entrevistaram centenas de economistas perguntando quem são os seus colegas de profissão favoritos. Dadas as respostas, os autores classificaram os autores mais citados, e puderam identificar os mais populares economistas entre os colegas de profissão, diferenciados em 4 categorias:
1) Economistas pré-Século XX
2) Economistas do Século XX já falecidos
3) Economistas vivos de 60 anos de idade ou mais
4) Economistas vivos de até 60 anos
Os resultados estão nos gráficos abaixo:
Analisando os gráficos, nota-se que os resultados ficaram de acordo com o esperado. Do século XIX, os economistas mais citados são os fundadores da nossa profissão: Adam Smith, David Ricardo, Marshall, John Stuart Mill, e os opositores Marx e Malthus. Dos economistas do século XX já falecidos, os mais citados são os macroeconomistas Keynes e Friedman, que inspiraram as escolas de pensamento contemporâneas, seguidos de Samuelson, que montou a chamada "síntese neoclássica" da macroeconomia keynesiana com a teoria econômica padrão de sua época. Os próximos autores desse grupo integram o grupo de opositores ao pensamento mainstream, isto é, Hayek, Schumpeter, Galbraith e Veblen.
Se entre os economistas falecidos os macroeconomistas predominam, os primeiros colocados entre os economistas vivos com mais de 60 anos são dedicados à microeconomia: Gary Becker, Kenneth Arrow e, depois de Solow, Ronald Coase. Certamente isso reflete o desenvolvimento da teoria microeconômica e da microeconometria a partir de meados da década de 60, assim como o desenvolvimento dos métodos de equilíbrio geral computável, da aplicação da teoria microeconômica em áreas que até então não eram estudadas por economistas (por iniciativa de Becker) e da microfundamentação da teoria macroeconômica. Por fim, os economistas jovens mais citados são exatamente os autores dos manuais que se estudam nas universidades: Krugman, Mankiw e Acemoglu.
Os livros de 2024
Há 16 horas
Um comentário:
Usarei esses gráficos na minha aula de TPE, quando eu falar de referências bibliográficas.
Abs.
Postar um comentário