Após praticamente completar a abordagem de vilas isoladas presentes dentro da cidade de Porto Alegre em sua região mais tradicional, agora vou começar a apresentar os seus maiores complexos de pobreza.
Inicio com o núcleo "Entrada da Cidade", zona noroeste, composto pelos bairros Farrapos e Humaitá, entre a Free-Way e o Trensurb:
A região é predominantemente industrial, com alguns núcleos urbanos pobres dispersos. As favelas começam ao longo da Av. Voluntários da Pátria, a partir da esquina com a Av. Dona Teodora. As primeiras vistas são as "siamesas" Vila Areia e Vila Tio Zeca, ambas sem nenhuma infra-estrutura urbana, consistindo em barracos de madeira e papelão:
Mais ao norte está a Vila Esperança, próximo ao loteamento Nova Esperança (núcleo de vilas já urbanizadas):
Mais ainda ao norte, após o término da Voluntários, no extremo noroeste da cidade, estão as vilas Farrapos e DEPREC. Essa última parece ser um pouco mais urbanizada que as anteriores, mas, pela visão do Google Earth, também consiste de barracos:
No bairro Humaitá, a oeste do Farrapos, as favelas também começam a partir da Av. Dona Teodora. Destaque para a Vila dos Ferroviários (ou Santo Antônio), uma antiga invasão ao terreno do Trensurb:
A oeste, junto à Av. AJ Renner, está a Vila Operária (ou Vila AJ Renner, ou Vila Pirulito), e outras aglomerações menores juntos às moradias regulares do bairro:
OBS 1: Na internet, só consegui o nome e a localização das maiores vilas da região, que contém instituições assistenciais e comunitárias. Vilas menores, como "Vila Magnum" e "Vila Aprel do Sul" eu sei que existem, mas não consegui localizar exatamente. Agradeço qualqer contribuição.
OBS 2: De acordo com o plano diretor da cidade, a Av. Dona Teodora será o braço final (ou inicial?) da Terceira Perimetral. Quando estive em POA dezembro passado, já estavam construindo o viaduto Leonel Brizola, sob o Trensurb, ligando os bairros Humaitá e São Geraldo. A prefeitura tem o interesse de transformar o Humaitá em um bairro residencial de classe média (inclusive, já vi projetos de transferência do estádio do Grêmio para essa área). Por isso, espera-se a remoção das vilas Dona Teodora, Areia e Tio Zeca em breve.
PERGUNTAS E RESPOSTAS: SOBRE ABORTO
Há uma hora
9 comentários:
Olá. Meu nome é Juliana e estudo as vilas da região que te referes. Quais foram as fontes utilizadas? Obrigada.
Oi, Juliana.
As fontes que utilizei no mapeamento das vilas nessa região da cidade são páginas encontradas no Google. Eu digitava o nome da vila, e procurava endereços próximos a cada uma, para saber a localização.
Alguns sites de empresas públicas municipais, postos de saúde e associações de moradores têm informações mais detalhadas sobre a localização de cada vila.
Abraço
vila ferroviaria e uma vila ,a vila santo antonio e outra ela foi invadida e mais tarde foi formada uma cooperativa para a compra da area que por sinal esta quase paga,a vila ferroviaria e composto de moradores ex funcionarios da ferrovia!!1
Olá, meu nome é Virgínia sou moradora da região Humaitá/Navegantes, essas fotos estão bem desatualizadas, muitas vilas já foram removidasassim como já surgiram novos loteamentos populares e novas ocupações.
A Vila Operária A. J renner não tem toda esta abrangência, o contorno no mapa também está incluindo o que se chama de Leito do Canal Sul e a parte que faz fundos para a A. J. renner e Frente para o Loteamento Progresso é chamado de Sítio da Odilia ou Pátio da Estelita e também Ocupação dos Alagados, é uma área onde já houve reassentamento e voltou a ser ocupada assim como a área onde removeram os moradores da Areia e Tio Zeca, já esta ocupada novamente.
O PIEC(Programa Integrado Entrada da Cidade)tinha em seu projeto original programas de inclusão social, capacitações profissionais, parceria com empresas da região, contrução de galpões de reciclagem pois uma grande parte destas famílias vivem da reciclagem, como não vem cumprindo esa proposta as famílias não consseguem se adaptar a uma nova condição de moradia, onde ao receber sua casa nova, passam a receber também todos os meses contas à pagar(agua+luz+tarifa referente a sua unidade habitacional)sem condições mínimas de cumprir com estas obrigações, a maioria das famílias transferem o seu cadastro junto ao DEMHAB à terceiros pois, não se pode falar em venda!e... voltam a ocupar outras áreas ou até mesmo aquela de onde foram removidas e ainda aguarda uma proxima etapa de construção pela prefeitura, continuando a viver ou sobreviver em condições subumanas.
Dessa forma acredito sim que em breve se cumprirá esse interesse..."A prefeitura tem o interesse de transformar o Humaitá em um bairro residencial de classe média"
Quem pode pagar fica, quem não pode procure outro lugar...
OBS:Também na Av. A. J. Renner passando a Vila Operária no lado esquedo sentido canoas há uma Vila ao lado da Escola Fagundes de Melo, acredito ser esta a vila Aprel Sul!
Oi, Virgínia
Agradeço muito as informações! Eu sempre tive curiosidade sobre o impacto dos programas de urbanização e remoção de vilas sobre as condições de vida das famílias pobres.
O Google Earth, de fato, não atualiza o mapa de Porto Alegre desde 2005, eu acho. Andando pela Free-Way, eu vi progressos na construção de centros de reciclagem e na remoção da Vila Areia.
Abraços
porto alegre esta prestes a ser tomado por vilas,ja tive que fazer trabalhos na restinga e quando la estava parado na esquina esperando o morador sair o dono do estabelicimento em frente me alertou para que eu saisse dali pois poderia levar um tiro,entao ele me mostrou sua loja cheia de marcas de tiro e explicou que la estavam em guerra.
Boa tarde, ilustre. uma errata para arrumares. A chamada Vila DEPRC, fica dentro da área, junto ao Rio e paralela a avenida João Moreira Maciel. Ela está dentro do terreno pertencente ao então Departamento Estadual de Portos Rios e Canais, hoje SPH. Pelo google, tu, localizas o CT do Grêmio e junto está a Vila entranhada.
Olá, a Vila Ferroviária não é uma invasão. Ela era um conjunto de casas da antiga rede ferroviária (privatizada), que servia de moradia para os funcionários que eram transferidos de cidade. Após a privatização foi iniciado um processo para que as casas fossem vendidas ou doadas pela união, tendo em vista que os funcionários perderam seus empregos e já estavam estabelecidos no local.
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