quinta-feira, outubro 30, 2008

Seminário de Filosofia da Ciência

Como consolo para o não-aceite do meu trabalho de macroeconomia internacional para o congresso nacional da ANPEC desse ano em Salvador (BA), o meu artigo dos programas de pesquisa lakatosianos não me deixou na mão. Vou apresentá-lo em um seminário de filosofia da ciência da UFMG.

*SEMINÁRIO DE ESTUDOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE - FAFICH/UFMG*

A ser realizado em 19, 20 e 21 de novembro na FAFICH,UFMG.

Este evento pretende reunir, discutir e desenvolver trabalhos atuais nas
áreas de História da Ciência, Antropologia da Ciência, Sociologia da
Ciência e demais assuntos relacionados a CTS de forma geral.

Será um evento local (UFMG) com o objetivo de ampliar a comunicação
entre os diferentes pesquisadores (alunos e professores) da área na UFMG.

Cidades Brasileiras Campeãs de Desigualdade

Recebi um e-mail interessante do meu amigo Guilherme Risco. Traz uma reportagem da ONU com um gráfico sobre as cidades que apresentam os maiores coeficientes de Gini (medida de desigualdade) do mundo.

Eis que temos cinco metrópoles brasileiras entre as campeãs mundiais, mesmo com a contínua melhora da desigualdade no país como um todo a partir de 2001. As cidades mais desiguais do país são: Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e São Paulo.

Para mim, as únicas surpresas são a liderança de Goiânia, um lugar pouco comentado quando se fala de indicadores de bem-estar do Brasil, e a ausência do Rio de Janeiro, metrópole que conseguiu transformar suas favelas em atrações turísticas para gringos. Brasília eu já tinha lido que era a cidade mais desigual do país, sobretudo por causa dos altos salários do funcionalismo federal, mas nunca visitei a cidade. Belo Horizonte tem suas favelas expostas nos morros, no meio dos bairros ricos, ainda que em menor quantidade que Rio e São Paulo. Fortaleza tem seu contraste social caracterizado pelas diferenças urbanísticas (e humanísticas) entre as três quadras mais próximas da orla marítima e a partir da quarta quadra do interior da cidade.

Eis o gráfico (clique para ampliar):

segunda-feira, outubro 27, 2008

Porto Alegre e a Pobreza Invisível

Meu mapa sobre a localização das favelas de Porto Alegre se espalhou pela Internet rapidamente. Li muitos comentários sobre por que não vemos, no nosso dia-a-dia, esses complexos de pobreza? Afinal, por que muitas pessoas, habitantes de Porto Alegre de longa data, continuam afirmando que a cidade "não tem favelas"?

Para responder essas perguntas, dei uma "enfeitada" no meu mapa (clique para ampliar):



Sublinhei em amarelo o Centro da cidade. Nele está localizada a Vila Chocolatão, uma pequena comunidade de carroceiros alojada em um terreno público não utilizado. Ao norte, está sublinhada em azul a chamada "Zona Norte", consistindo predominantemente de áreas comerciais e indistriais, assim como o aeroporto Salgado Filho. A pobreza nessa região está no seu noroeste, entre a Free-Way e a av. Voluntários da Pátria, o chamado "Núcleo Entrada da Cidade", e já abordado aqui no blog anteriormente.

Além disso, sublinhei em verde-limão os bairros residenciais mais tradicionais da cidade. Compreende duas áreas. A primeira, maior, está a leste do centro e ao sul da Zona Norte, sendo limitada pelos bairros do Jardim Lindóia, Passo da Areia, Jardim Europa, Chácara da Pedras, Jardim Botânico, a PUC, a av. Ipiranga e o Menino Deus. A outra, menor, conhecida como "Zona Sul", percorre o entorno do Lago Guaíba da Vila Assunção até o bairro Guarujá.

A maior parte das classes média e alta da cidade habitam essas áreas, e pouco conhecem sobre o que há entre elas. Por isso, as únicas vilas viséveis, para quem mora na Zona Leste são o beco Guaranha (uma comunidade quilombola na Cidade Baixa), a Vila Juliano (invasão no Jardim Botânico, meio escondida, difícil de ver), o quilombo da Família Silva, a vila Keddie (ambas no bairro Três Figueiras, um dos mais nobres da cidade), e a vila Cosme Galvão (no Passo da Areia). Na zona sul a pobreza é mais visível, ocupando o entorno dos bairros nobres e condomínios fechados.

O que essas vilas têm em comum, além da localização? Elas são pequenas, simples becos ou terrenos ocupados, sem proprietário definido. Os principais núcleos de pobreza da cidade estão em lugares onde poucas pessoas passam, mesmo de carro: a fronteira com Alvorada (vilas Santa Rosa e Safira), o morro Santana, a baixada entre a Protásio Alves e a Ipiranga, depois da Cristiano Fisher (vila Bom Jesus), o morro Santana (que, pelo mapa não tem NADA a dever para uma Rocinha-RJ ou para um Aglomerado da Serra-BH) e a região entre a av. Padre Cacique e a 3a Perimetral, próxima ao hipódromo e ao Estaleiro Só (vila Tronco, Cruzeiro e Foz Cavalhada).

A pobreza em Porto Alegre, como já se viu, está bem escondida. Mas deverá ser descoberta pela população e pela prefeitura aos poucos, conforme o mercado imobiliário for se expandindo para as periferias. Isso já está ocorrendo nos becos da Vila Jardim, no entorno do novo bairro Jardim Europa.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Meus Trabalhos na Internet

Os papers que eu apresentei pelo Brasil afora nesse ano não estão publicados em periódicos (apenas por enquanto, espero). Mas estão disponíveis no Google, nos anais dos eventos que participei.

Aí vão os links, para quem se interessar:

Os Programas de Pesquisa Lakatosianos e a Metodologia da Economia Neoclássica: Contribuições e Críticas - Paper escrito para a cadeira de Metodologia da Economia (2007/2), e apresentado no encontro da Anpec-Nordeste, em Fortaleza.

Crescimento Econômico e Restrições na Balança de Pagamentos: Uma Aplicação do Modelo de Thirwall para a América Latina e Caribe Utilizando Dados em Painel e Uma Aplicação do Modelo de Thirlwall-Mc Combie para a América Latina e Caribe Utilizando Dados em Painel - Paper escrito para a disciplina de Tópicos Especiais em Econometria - Dados em Painel (2007/2). A primeira versão apresentei no I Encontro da Associação Keynesiana Brasileira, em Campinas, e a segunda versão, melhorada, em um seminário interno do Cedeplar-UFMG. Infelizmente, não foi aceito no encontro da ANPEC nacional deste ano.

Já o mapa da pobreza em Porto Alegre, que fiz só de hobby e curiosidade, parece que já se espalhou pela Internet...

Sem Internet

Graças às tempestades que castigaram Belo Horizonte na semana passada, a placa de modem e o roteador da minha república queimaram. Enquanto não trocamos, estou sem internet em casa.

Agora não tenho mais desculpa para procrastinar minha dissertação.

quarta-feira, outubro 15, 2008

E o Nobel Vai para... Paul Krugman!

Paul Krugman levou o Prêmio Nobel de Economia este ano, graças a suas contribuições na teoria do Comércio Internacional e na Nova Geografia Econômica.

Krugman já estava sendo esperado para receber a láurea há algum tempo, mas graças a sua participação política ativa (pró Partido Democrata, dos Estados Unidos), acabou aguardando na fila durante anos.

Fiquei muito feliz pela indicação de Krugman, não apenas por seu trabalho nas pesquisas econômicas de ponta, como também com a didática com que escreve seus textos e livros, tornando a teoria econômica, mesmo avançada, de compreeensão acessível para quem ainda está estudando. Confesso que, de todos os manuais que estudei na graduação, o manual de Economia Internacional dele foi o que mais gostei, por combinar uma análise teórica em economia bastante consistente e completa com temas em fatos econômicos, história e política. Tudo em um texto muito agradável de se ler, além de útil para o aprendizado.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Para Entender a Crise Financeira

Recebi essa curiosa (e sincera) explicação sobre a crise financeira por e-mail. Essa historinha já está pipocando em vários blogs de economia pela Internet:

"O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça na caderneta aos seus leais fregueses, todos bebuns e quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito e o aumento da margem de lucro para compensar o risco).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível como chequinhos pré-datados, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO , CCD, PQP, TDA, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Ou seja, pegam mais dinheiro no mercado para financiar novos pinguços do seu Biu.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece, aliás nem querem saber (as tais cadernetas do seu Biu ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu.

O pior é que a explicação é essa mesmo."

sábado, outubro 11, 2008

Mapa da Pobreza em Porto Alegre - Mapa Final

Após alguns meses pesquisando a localização das vilas e favelas de Porto Alegre, enfim consegui montar o mapa final da pobreza na cidade. Conforme extraí do Google Earth, tenho a seguinte imagem (as vilas estão destacadas em vermelho):



Como se pode ver, as princiais concentrações de pobreza na capital gaúcha estão nas ilhas do Guaíba (ainda que sejam favelas pequenas), no extremo norte da cidade, na fronteira com Alvorada, na encosta dos morros (morro Santana, morro da Cruz, morro da Polícia, morro Santa Tereza, morro do Sargento), e nas "baixadas", regiões de baixa altitude entre os bairros residenciais, que não são vistas das grandes avenidas de circulação (como a Vila Bom Jesus, a Vila Tronco e a Vila Cruzeiro). Além disso, a cidade conta com um bom número de vilinhas, isto é, pequenas favelas de dimensão inferior a uma quadra (e, que devido a problemas do Paint Brush, podem estar superdimensionadas no mapa). Essas vilinhas são mais comuns na região sul do que na zona leste, e nessa última, concentram-se ao longo da Avenida Ipiranga e no bairro Vila Jardim.

Pelo mapa, a maior favela da cidade é o complexo Partenon-Morro da Cruz, localizada na encosta norte do mesmo morro, e que circunda o presídio municipal.

No futuro, pretendo continuar publicando aqui no blog os mapas locais dos complexos de vilas.

As Causas da Pobreza - Simon Schwartzman

Comprei esse livro faz umas duas semanas, procurando um bom referencial teórico para o segundo capítulo da minha dissertação. Nessa obra, o sociólogo e cientista político Simon Schwartzman (FGV-RJ) faz uma síntese sobre os principais tópicos e hipóteses relacionadas à pobreza no Brasil.

No primeiro capítulo, o autor aborda as principais teorias sobre a pobreza, em nível nacional e internacional. A preocupação científica com a pobreza se iniciou no século XIX, como decorrência da Revolução Industrial. Antes disso, a pobreza era vista como uma situação natural da maior parte da humanidade, e tentativas de amenização, por obras de caridade, eram guiadas por princípios unicamente morais sobre a causa da pobreza de cada indivíduo. Assim, deveria-se priorizar a ajuda para os pobres dignos, incapacitados para o trabalho, e não para os indignos, vistos como vagabundos. Essa visão influenciou inclusive as primeiras teorias científicas sobre a pobreza no início do século XIX, como a de Malthus, para quem a pobreza era conseqüência da reprodução irresponsável das pessoas de menores dotações de recursos.

No Brasil, por outro lado, o pensamento social nacional só foi surgir no final do século XIX, com a criação das primeiras universidades no país. Em relação à pobreza, as teorias mais aceitas por aqui sempre tiveram um enfoque mais estruturalista sobre suas causas. O autor cita como exemplos as teorias racista, positivista, corporativista e marxista, que foram os principais paradigmas na academia brasileira. Por isso, o país sempre tentou combater a sua pobreza mediante políticas universais de acesso a bens e serviços públicos. No entanto, o autor defende que políticas focalizadas sobre a população mais sensível seriam mais eficientes, dada a limitação do orçamento do Estado.

No segundo capítulo, o autor diferencia (e relaciona) os conceitos de pobreza e de exclusão social. Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental a sociedade industrial se desenvolveu pela rápida integração e polarização dos indivíduos entre capitalistas e trabalhadores, sendo esses últimos muito mais afetados pela situação de pobreza, ao passo que setores residuais da sociedade foram marginalizados, excluídos da nova situação sócio-econômica. Para o autor, no Brasil, ocorreu exatamente o oposto: até meados dos anos 30, capitalistas e trabalhadores assalariados eram residuais na sociedade, e o que predominava era uma minoria de grandes proprietários rurais e uma maioria de excluídos, tais como ex-escravos, trabalhadores rurais auto-empregados e imigrantes pobres. Esse fator foi decisivo para a composição dos problemas sociais no país, causados não por falta de "vontade política" para erradicar a pobreza, mas sim pela falta de acesso por muitas pessoas a serviços e direitos fundamentais para sua mobilidade e integração social, como a saúde, a educação, e o acesso à política.

Nos demais capítulos, o autor argumenta sobre as principais hipóteses a respeito das causas da pobreza no país. Segundo Schwartzman, a pobreza no Brasil contemporâneo, ao contrário do que muitos pensam, não está associada a discriminações de raça e de gênero, ou de exclusão política, ou de exploração no mercado de trabalho, mas sim às desigualdades de acesso e de qualidade da educação. Em um ponto polêmico do seu texto, o autor chega a afirmar que a baixa qualidade da educação pública no Brasil é o principal estímulo ao abandono à escola por parte de adolescentes de baixa renda, que decidem que o ingresso precoce no mercado de trabalho é mais favorável a sua situação econômica do que o estudo.

O autor conclui seu texto com um painel sobre entrevistas realizadas com especialistas da área de educação sobre o seu futuro na América Latina. Mostrou-se um consenso entre os entrevistados que o atual modelo educacional do continente é falho, e não se mostra capaz de reverter a situação social e econômica dos países. Além disso, ficou claro que a noção de que a profissão docente não tem conseguido acompanhar as crescentes exigências em termos de competência necessárias para ampliar a qualidade e a quantidade do ensino, e que os recursos do governo são restritos. Assim, políticas de melhorias do sistema educacional devem combianar, além de recursos financeiros públicos, recursos privados, recursos da comunidade, recursos tecnológicos, humanos, intelectuais e de informação, com o devido monitoramento técnico e estatístico sobre o impacto de cada tentativa de melhoria e a identificação das principais dificuldades.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Só para Lembrar

Hoje faz dois anos desde que fiz a prova da Anpec.

E faz um ano desde que relatei os fatídicos (e estressantes) dias.

domingo, outubro 05, 2008

O Trade-Off entre Quantidade e Qualidade da Educação, para as Famílias

Na Economia da Educação, há a teoria da existência de um trade-off entre quantidade e qualidade, para políticas educacionais. O mecanismo é o seguinte: se o governo investir na qualidade, as escolas exigirão mais tempo de estudo dos alunos, o que afastará os de menor dotação de tempo livre (ou os menos interessados no estudo). E, se o governo investir na quantidade de alunos matriculados, deverá baixar o nível de exigência no ensino de modo que a maioria dos alunos tenha condições de acompanhar o ritmo da escola.

Eric Hanushek (o bam-bam-bam da Economia da Educação) em um artifo de 1992, criou uma teoria segundo a qual fenômeno semelhante ocorre em nível familiar. Segundo essa teoria, as famílias maximizam uma função de utilidade envolvendo a quantidade e a qualidade do ensino dos filhos, sob a restrição da função de aprendizado de cada filho, uma restrição orçamentária e uma restrição temporal.

O trade-off entre quantidade e qualidade da educação das crianças decorre exatamente da limitação da dotação de tempo e de recursos pelos pais. O tempo dos pais pode ser dividido entre um "tempo público", em que atende todos os filhos ao mesmo tempo (como o ensino da linguagem, e de motivação aos estudos), e um "tempo privado", em que atende cada filho separadamente (como ajudar a fazer a lição de casa). Nesse caso, quanto maior for o número de filhos, menor será o "tempo privado" destinado a cada um, e, por isso, a qualidade da educação será menor para as famílias grandes.

Segundo o autor, os pais podem assumir três comportamentos distintos ao alocar seu "tempo privado" no estudo dos filhos:

1 - Alocação Não-Discriminatória: os pais dedicam a mesma quantidade de tempo ajudando o estudo de cada filho;

2 - Maximização do Ensino: os pais se preocupam que pelo menos um dos filhos tenha um ensino de qualidade, e, por isso, se dedicam mais aos filhos mais habilidosos (ou interessados) no aprendizado;

3 - Alocação Compensatória: os pais se preocupam tanto com a qualidade do ensino dos filhos como com a desigualdade entre eles. Por isso, acabam ajudando mais as crianças com maior dificuldade. Porém, em famílias muito grandes, isso acaba significando em uma menor ajuda para cada filho.

Testando empiricamente, Hanushek aceitou a hipótese de que os pais (em uma amostra norte-americana) têm um comportamento de Alocação Compensatória. Além disso, para dados níveis de renda permantente, o autor verificou que nem o trabalho das mães, e nem a estrutura familiar afetam a qualidade da educação dos filhos. Por fim, em famílias com poucos filhos (mais especificamente, até 4), a ordem do nascimento não afeta a qualidade da educação; por outro lado, em famílias grandes, os filhos mais jovens têm mais vantagem, já que tendem a receber maior atenção dos pais. Já os filhos mais velhos, recebem maior volume de atenção em seus primeiros anos de vida, porque a competição entre as crianças é menor. Por isso, os filhos de mais difícil aprendizado são os do meio.

Em resumo, é um paper muito interessante, e me ajudou muito no referencial teórico de demanda por educação, no meu artigo de Modelos Hierárquicos.