Essa é a primeira semana de férias da faculdade, e é sempre bom lembrar que existe vida bibliográfica fora da economia! Eu mal podia esperar a última bateria de provas e de trabalhos acabar para procurar ler alguma coisa de fora do que a faculdade exige.
Devorei em 3 dias o livro de contos "O Enigma do Trem Perdido" do Mestre Conan Doyle. Tinha comprado ele na última feira do livro de Porto Alegre, por míseros 5 reais em uma pilha de saldos. É uma edição de 1989, de uma certa coleção "Mestres do Horror e da Fantasia". Mas o livro estava "zero-bala", como novo, e as histórias, indiscutivelmente interessantes. O bom de ler livros de mestres como o Conan Doyle é saber que, não importa do que a obra trata e o seu enredo, é sempre uma leitura agradável.
Acima de tudo, esse livro conta com 13 contos em que o autor foge da narrativa cômica-irônica que o imortalizou nas histórias de Scherlock Holmes, e apresenta um lado macabro, sombrio, no melhor estilo Edgar Alan Poe. O clima de suspense e mistério envolve todos os contos no tempo todo, o que torna o livro positivamente "grudento", não dá pra ler devagar. Conan Doyle se mostra um verdadeiro "filho" do Poe, não só no estilo, mas até mesmo nas narrativas (a semelhança do enredo de A Nova Catacumba e de O Barril de Amontilado, de Poe, é incrível).
Contudo, a linguagem utilizada por Conan Doyle é bem mais acessível do que a de Poe em seus contos, por dar maior ênfase na ação do que na descrição de ambientes. Outro ponto positivo característico da obra de Conan Doyle é sua capacidade de narrar segundo a técnica "primeira pessoa coadjuvante", em que o autor narra uma história como se fosse sua, em um tempo passado, ou de algum conhecido ou amigo seu, aproximando o conto de uma narrativa oral.
Os livros de 2024
Há 16 horas
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