A última semana foi bem movimentada na blogosfera econômica e política. Aqui vou dar alguns highlights:
- O Alexandre Schwartzman continua sua guerra intelectual com o professor Oreiro a respeito da redução da proporção de bens industrializados na pauta de exportações do Brasil no período recente. Por um lado, o Oreiro critica a valorização cambial, que estimula a importação de bens idustrializados em detrimento da produção doméstica. Por outro lado, o Schwartzman defende que a redução dessa proporção se deu devido à contração dos seus mercados importadores (Estados Unidos e Europa) graças à atual crise, ao passo que os mercados importadores de commodities (principalmente a China) continuam em expansão.
- O Adolfo Sachsida novamente entra em um ponto polêmico e defende a equiparação da contribuição previdenciária entre homens e mulheres. E os melhores contra-argumentos já estão nos comentários do seu post.
- O blog do Diego Rodrigues ressuscitou com um ótimo post comparando as idéias econômicas do programa da Marina Silva com as do Serra de da Dilma.
- O blog Na Prática a Teoria É Outra apresentou uma série de textos sobre a história do PSDB e pensamentos sobre a atual crise do partido. Não concordo com vários dos argumentos levantados, mas a discussão é interessante.
- O Thomas Kang apresentou alguns dados que vão de encontro à hipótese de Prebisch-Singer. Isto é, os países periféricos ganaharam termos de intercâmbio ao longo do século XX. O Thomas argumenta que esse fato não deve ser comemorado, pois pode levar ao aprofundamento das vantagens comparativas desses países em bens primários, inibindo o progresso tecnológico, que está mais associado aos bens industrializados. Nesse ponto, eu discordo parcialmente. A evolução recente das cadeias produtivas agroindustriais já tornou possível o progresso tecnológico associado ao setor agrícola, como inclusive é o caso da economia brasileira contemporânea. No entanto, a especialização da pauta de exportações em commodities me parece associada à concentração de renda, já que as fontes desses bens são insumos mais escassos do que os dos setores de indústria e serviços.
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