Esse provavelmente é o melhor disco de toda a minha coleção. É o primeiro disco do Sabbath pós-Ozzy, contando agora com Ronnie James Dio nos vocais. O disco foi gravado em 1980, mesmo ano em que o Ozzy Osbourne lançou o seu primeiro disco de carreira solo (The Blizzard of Ozz, com o fenomenal guitarrista Randy Rhoads), o que dá uma idéia da pressão que o grupo sofreu para mostrar ao público que sobreviveria sem o tradicional vocalista.
Comprei esse disco no final de abril (ou início de maio) de 2002, e confesso que não me custou nada. Explico: nessa época eu tinha acabado de voltar de um intercâmbio em Toronto (Canadá), e, faltando 1 mês para iniciar as aulas na UFRGS, aproveitei para fazer uma faxina nas minhas coisas. Em relação aos meus discos, tinha separado uma coletânea dos Replicantes (punk-lixo, infelizmente muito popular na cena alternativa de Porto Alegre) e um dos Sex Pistols (banda que eu até respeito, mas o disco estava muito mal gravad0) para vender na Porto Alegre CDs, loja de discos usados tradicional da cidade. Recebi 5 pila por cada um e, imediatamente, comprei o Heaven and Hell na Multisom (10 pila) logo na frente. Isso que eu só tinha ouvido o disco uma vez e conhecia o riff da música-título de bandas cover.
Mas, mesmo com a circustância curiosa em que fiz essa aquisição, considero esse, como já disse, o melhor de todos que eu tenho. Nele, o Black Sabbath consegue fazer uma fusão entre os riffs macabros de Tony Iommi com o metal melódico, com pitadas de glam rock, do Ronnie Dio, e soa como se eles sempre tivessem tocado juntos, com total harmonia entre as partes da banda.
O disco começa com a demolidora "Neon Knights", uma das músicas mais rápidas do Sabbath, contando com todo o poder melódico da voz de Dio (eu nunca ouvi o Ozzy cantando essa música, mesmo após o seu retorno à banda, para ser mais exato). Prossegue com o dedilhado acústico em ré menor de "Children of the Sea", uma música progressiva de bela melodia. "Lady Evil" vem como um rock and roll básico. "Heaven and Hell", a faixa-título do álbum, conta com um dos riffs mais pesados de Tony Iommi, e com uma forte energia, principalmente mais para o final da música. O rock and roll volta com "Wishing Well", com destaque para a poesia da letra. "Die Young" é um metal melódico muito rápido, e com solos fulminantes de Iommi. Em "Walk Away", o guitarrista de novo exibe a sua criatividade com riffs pesados. Já "Lonely Is the Word", que encerra o CD é uma música mais lenta, meio deprê, que eu admito não gostar muito.
Indico esse disco para todos os que curtem um bom rock pesado, e, principalmente, para aqueles que gostam de apreciar a técnica musical de Tony Iommi com uma guitarra com muita distorção.
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Há 5 horas
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